?Quem aqui representa uma empresa e faz parte da iniciativa consumidor.gov??, pergunta Lorena Tavares, coordenadora geral do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). A maioria das pessoas presentes na plateia do auditório durante o painel ?Um ano de consumidor.gov, balanços, aprendizados e expectativas do mais novo instrumento de defesa do consumidor no Brasil? levantou a mão.
O momento ilustrou a importância da iniciativa, que tem crescido no país. Como ressalta Lorena, o número de consumidores e participantes é cada vez maior ? assim como as soluções possibilitadas pelo canal.
A coordenadora aponta que a junção de informações dos Procons brasileiros, viabilizada pelo surgimento do Sindec, tornou possível o enfrentamento de determinadas questões, visto que havia novos dados disponíveis. ?O que foi construído permitiu a criação de ambientes de diálogo. Se falássemos no tema há cinco anos, talvez não houvesse a mesma predisposição?, explica.
Assim, tendo a transparência como um valor fundamental, foram feitos planejamentos capazes de solucionar problemas e criar formatos de prevenção, melhorando o relacionamento entre empresas, consumidores e governo. Foi durante essa reflexão que nasceu a ideia de criar o consumidor.gov.
Quem era o consumidor?
O cenário que abriu as portas para o surgimento da iniciativa tinha alguns pontos importantes. Lorena conta que, naquele momento, já havia uma demanda de sociedade e mercado por uma atitude que posicionasse o Estado na relação entre o mercado e o consumidor.
?O Estado tem o papel de solucionar conflitos de consumo, mas ele não está sozinho?, argumenta Lorena. ?Qual seria o modelo ideal? Idealizamos um modelo que atendesse o consumidor e disponibilizasse informações importantes para ele?.
A ideia a partir disso era permitir que o consumidor conhecesse as empresas, tornando-o mais sábio e criando uma competitividade entre as companhias, com base na competência. ?O consumidor.gov não nasceu pra substituir um canal de comunicação. É um novo serviço público feito para ampliar o acesso aos direitos?, conclui Lorena.
Veja a entrevista em vídeo com a responsável pelo Sindec: