Que o varejo de música sofreu mudanças sísmicas na última década, todo mundo sabe. Não apenas as vendas de CDs deram espaço à compra de músicas avulsas on-line, como também serviços de streaming avançaram sobre esse mercado, criando novas configurações que deixaram a ver navios não apenas os tradicionais varejistas especializados, mas também grandes redes que usavam os CDs como chamariz para vender outros produtos.
Se no passado redes como Best Buy, Target, Walmart e Barnes & Noble derrubaram os preços desses produtos e tomaram mercado, hoje essas empresas verificam quedas assustadoras nas vendas. Segundo a Nielsen Music Soundscan, as vendas de CDs em redes como Barnes & Noble e Trans World Entertainment caíram 20,6% em 2014 sobre o ano anterior, enquanto varejistas de massa (Target, Walmart) tiveram um desempenho apenas um pouco menos ruim: queda de 19%.
Embora o número esteja encolhendo, ainda não chega a ser irrelevante: redes varejistas como Best Buy e Barnes & Noble comercializaram 31 milhões de álbuns em 2014, contra 39 milhões um ano antes. Já o varejo de massa vendeu cerca de 63 milhões de unidades, uma queda de 15 milhões sobre 2013.
Milhões de pessoas continuam comprando CDs, mas a categoria, que já foi um fator de atração de tráfego, hoje funciona melhor para compras por impulso, ganhando espaço em locais pouco tradicionais. A rede de cafeterias Starbucks e a varejista on-line Amazon viram o número de álbuns vendidos crescer, assim como ocorreu com as vendas dentro de shows (cada vez consumidores têm levado os CDs como recordação). Esses modelos de comercialização tiveram uma alta de 5,2% no ano passado.
No total, as vendas de CDs recuaram no ano passado de 165 milhões para 141 milhões, uma queda de 14,5%.
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