A varejista de farmácias Ultrafarma, do garoto-propaganda e empresário Sidney Oliveira, fechou a operação de televendas. O sistema telefônico de envio de pedidos dos revendedores também não está funcionando, segundo o jornal Valor Econômico.
De acordo com a publicação, o fechamento dos canais de venda está relacionado com a necessidade de a empresa cortar custos e reestruturar a área de atendimento. A ação resultou na demissão de 300 pessoas desde o começo deste ano.
Cerca de 70% das vendas da Ultrafarma são realizadas pela Internet. Os 30% restantes ficam a cargo dos canais de televendas, revendedores e das quatro lojas da rede.
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SAC
O serviço de atendimentos aos consumidores, que não é terceirizado, mas realizado dentro da empresa, também está fora do ar, isso já há algumas semanas. Por ser um serviço regulado, a venda de medicamentos precisa, necessariamente, ter um SAC operando por telefone, segundo a legislação nacional.
Perguntada se os revendedores haviam sido avisados com antecedência e os motivos da interrupção do atendimento no SAC, a rede não quis se pronunciar.
Mercado farmacêutico
Sem divulgar resultados, ao fechar canais de venda, a Ultrafarma sinaliza para o sentido oposto do mercado varejista de farmácias, que tem expandido em faturamento, serviços e unidades. A Associação Multimarcas de Farmácias (Farmarcas) aponta crescimento de cerca de 10% no setor de farmácias em 2018, muito acima do PIB. A líder do segmento, Raia Drogasil, anunciou, em fevereiro, a compra da rede Onofre, que pertencia à americana CVS, e tem aberto 230 novas lojas por ano. A rede Pague Menos amplia significantemente sua participação no varejo físico no Sudeste. No online, a rede nordestina aumentou em 50% os pedidos via site desde 2015 e, no ano passado, elevou seu faturamento na internet em 60%.
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