Ser varejista, a princípio, é lidar com desafios. E o varejo de moda passa por um momento tão intenso que daqui a dez anos teremos mudado completamente a nossa forma de vender e comprar. Mas será que os novos desafios afetam apenas o varejo de moda? Aposto que impactam o seu negócio também.
As tendências indicam mudanças geográficas nas relações de consumo, com os países orientais ganhando cada vez mais protagonismo em relação ao Ocidente. Isso não é exclusividade do setor de moda. Portanto, para vislumbrarmos para onde caminha nossos negócios e a economia brasileira, é preciso estender a nós mesmos e olhar para os movimentos internacionais de consumo.
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As aceleradas mudanças tecnológicas continuarão sendo o drive do varejo têxtil nos próximos anos. As lojas físicas se integram cada vez mais às operações de e-commerce, como, por exemplo, a compra no canal digital e a entrega ou retirada no canal físico, para ficarmos no nível mais básico desta interação. Mas a tendência forte é mesmo otimizar lojas físicas e virtuais e turbinar cada vez mais as vendas pela internet e o SAC 2.0.
Não se trata apenas de cortar custos e tornar mais eficiente a distribuição, mas de seguir atendendo à máxima de que os clientes (e os prospects, se quisermos conquistá-los) têm sempre razão. Com o aumento da adoção digital pelos consumidores, crescem também as projeções de vendas on-line de roupas e calçados.
Portanto, os varejistas são desafiados a correr atrás deste movimento de consumo, com o incremento de suas plataformas tecnológicas, o uso da inteligência artificial, o desenvolvimento dos wearables, a evolução da internet das coisas e outros recursos para satisfazer cada vez mais as novas gerações de clientes.
Internet e processos internos
Todo este cenário é impactado, ainda, pela atuação de influenciadores e micro influenciadores nas redes sociais, ditando comportamentos e tendências. Isso também soa familiar no seu segmento?
Estes desafios ainda precisam ser alinhados ao plano de negócios e à rotina das operações: administração de dezenas ou centenas de fornecedores, desenvolvimento da cadeia produtiva, otimização logística, eficiência de custos, gestão de pessoas, busca de maior rentabilidade, obediência às regras de compliance e à legislação e desenvolvimento de práticas sustentáveis. Tudo isso para não ser ultrapassado pela concorrência ao final do dia.
De qualquer forma, são esses estímulos que desenvolvem a criatividade e a inovação, impulsionando o setor. Em uma década, o varejo brasileiro estará atuando em um ambiente totalmente novo, mas sempre desafiador. Você está preparado?
Por Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil)