Toda edição do Cannes Lions traz painéis de tendências e profissionais especializados em construir esses painéis. E poucas empresas estão à altura do desafio como WGSN. Nesta edição, Carla Buzasi, diretora-geral da consultoria global, mostrou quais as tendências que estão na agenda corporativa e do marketing. Sua apresentação “O que vamos amanhã?” revelou que há muito trabalho a ser feito para enfrentar os desafios impostos pela era digital. Confira a edição online da revista Consumidor Moderno! A especialista mostrou o que é substancial e dispensou o acessório, procurando fornecer um roadmap de atividades a serem realizadas de agora em diante. Confira:
Smarti-fy Experiences (“Experiências intelimersivas”)
As empresas interessadas em serem protagonistas no futuro devem utilizar as tecnologias mais novas para incrementar produtos e serviços. Tecnologias e produtos são plataformas e devem ser trabalhados como um grande conjunto de serviços e experiências digitais capaz de provocar identificação e empatia. O KFC na China, por exemplo, reconhece sotaques e permite o pagamento com apenas um sorriso. Essa é uma experiencia Smarti-fy. A L’Oreal, por sua vez, trouxe intenso compartilhamento com startups para permitir que os consumidores experimentassem os produtos de beleza com Realidade Virtual. Carla Buzasi defende que toda a tecnologia antiga seja jogada fora. É melhor eleger uma nova tecnologia e estipular o prazo para que ela entre em funcionamento a serviço do seu negócio. As companhias devem focar naquilo que querem ser e não no que são. Mais do que isso, elas devem procurar saber com quem vão falar. Por fim, devem também experimentar parceiros novos e formas diferentes de relacionamento.
Criatividade envolvente
Negócios inteligentes são também aqueles que se mostram mais criativos na comunicação e propaganda. Para isso, é necessário escutar os consumidores ativamente, e, claro, mapear e olhar com atenção para a jornada do cliente. A diretora da WGSN defende que as empresas sejam criativas e convidem o consumidor a colaborar envolvendo os profissionais de marketing para a construção de novos produtos. “Se necessário, faça um pitch entre startups ou agências”, disse.
Ativismo
Consumidores não querem empresas que simplesmente apoiem alguma causa. Elas precisam agir efetivamente em favor dessa causa. Carla citou a Patagonia, Spotify e Levi’s, que, por sua vez, está radicalizando na proposta de inclusão e diversidade a um ponto de não necessitar inserir sua marca em determinadas ações de comunicação – o público já associa determinadas ações ligadas ao ativismo à marca. Segundo a executiva, é necessário que a liderança acredite na causa e que ela seja compartilhada pelos colaboradores. Além disso, é preciso mudar algumas metas e adequá-las às necessidades de ativismo e causa.
Solve-itising (seja revolvedor)
As empresas devem se empenhar em oferecer soluções. Produtos e serviços que trazem soluções serão protagonistas e engajarão o consumidor. As empresas precisam entender quais problemas os consumidores querem ver resolvidos e se preparar para resolvê-los. Para isso, vale colocar as mãos na massa e voltar para a linha de frente.
Diversidade
Encare a diversidade como uma necessidade e uma demanda dos consumidores. As pessoas estão atentas para as imagens e a forma pela qual as empresas retratam seus consumidores. Para isso, é necessário trazer pessoas diferentes para a empresa, e fazer isso de cima para baixo, ao longo da empresa. Ter uma política de inclusão não é o suficiente.
Remodele a marca e a reinvente para se manter relevante
Crie um novo futuro para ter futuro. Marcas e indivíduos pedem por isso. Johnson & Johnson’s fez essa mudança para mostrar como seus produtos se alinham com a busca de produtos naturais e puros demandados pelos clientes. Isso significa que as empresas precisam “olhar para trás para olhar adiante”. Ou seja, fazendo menos marketing de massa é o que mais importa. É preciso agir de modo firme e forte.