De que forma os criadores de conteúdo, influenciadores e celebridades monetizam seu conteúdo e desenvolvem suas marcas. Quais os modelos emergentes para a criação de conteúdos, distribuição e monetização?
O Web Summit trouxe uma discussão necessária sobe essa nova dinâmica que envolve a produção de conteúdo, cada vez mais abundante, fragmentada e gritando por atenção.
A palavra-chave continua sendo relevância, traduzida pela capacidade de envolver, engajar e repercutir. O debate teve a participação de Ian Somerhalder, ator, ativista e diretor, protagonista das séries Diários de um Vampiro e Lost, Eyal Baumel, CEO da Yoola e Dylan Collins, fundador e CEO da SuperAwesome.
Conexões humanas. Essa é a grande marca que caracteriza a produção do conteúdo. As plataformas digitais tornaram essa conexão cada vez mais simples e intensa. É possível amplificar o alcance de ideias e de expressões, de conceitos e provocações, para o bem e para o mal.
Ian Somerhalder compartilha dessa visão. Mas essa conexão não parece tão simples para marcas tradicionais e sim para marcas nativas digitais, como destaca Eyal Baumel da Yoola, um canal do YouTube com mais de 10 milhões de visualizações por mês.
O objetivo de toda história – e toda produção de conteúdo capaz de criar conexões com as pessoas passa pela construção de histórias – é disseminar e inspirar autenticidade.
As pessoas parecem cada vez mais cínicas diante do mundo e suas instituições. O pós-consumidor está interessado, segundo Ian, em pessoas, no planeta e em lucros pessoais (people, planet and profit) e esses snap poderosos são temas para produção de conteúdos interessantes.
Dylan Collins questiona se a ascensão de criadores e influenciadores trabalhando junto com as marcas é positiva para a produção de conteúdo. Baumel, que trabalha com um grande ecossistema de criadores de conteúdo diz que a combinação é positiva, pois permite exponencializar a audiência e agregar novas dimensões de valores e temas.
Um desafio é conciliar ou alinhar valores das marcas com aquelas que caracterizam a produção de conteúdo orgânico.
É evidente que cada influenciador constrói uma marca pessoal, baseada em valores distintos, próprios. Criar um conteúdo para uma marca deve reforçar essa marca pessoal agregando valor para a empresa-cliente.
O que vemos, no entanto, é a ocorrência de muito apelo gratuito, sem relação com a personalidade do influenciador.
Baumel gosta de enfatizar que é necessário estender o alcance dos valores por meio da criação de uma experiência gratificante para o público.
“Já vi grandes bancos investirem US$ 500 milhões em conteúdo ruim, que não diz nada para a audiência”, diz o ator.
Conteúdo relevante precisa de frequência, autenticidade e qualidade. Mas a qualidade que não seja perfeita. Hoje, a perfeição é inimiga da autenticidade”
Ian Somerhalder
É preciso integrar marcas, produtos, conteúdos, experiências e expectativas da audiência em cada conteúdo produzido, particularmente quando o vídeo é o formato escolhido. Formatos concisos, compactos funcionam muito bem e permitem rápida repercussão e compartilhamento.
Relevância é a conquista da atenção. E é um exercício permanente dos criadores de conteúdo. Marcas e empresas tradicionais estão preparadas e têm DNA para esse nível de esforço na captura da atenção e engajamento de clientes e comunidades, com a mesma desenvoltura dos criadores de conteúdo?
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