No Web Summit, as especulações sobre a evolução da tecnologia digital alcançam voos bem elevados. Coisa de fazer Sheldon Cooper de The Big Bang Theory chorar de emoção. Não é exagero: John Donovan, CEO da AT&T; Maria Spiropulu, professora da Call Tech University e Alex Konrad, da Forbes falaram o que veremos de novo nos próximos anos no painel “Mais rápido que uma piscada”, sobre os avanços espantosos que iremos vivenciar. Eles mostraram que, da Realidade Aumentada ao teletransporte, há um conjunto de novas tecnologias sendo pesquisadas que irão afetar pessoas e negócios rapidamente.
A base do pensamento convergente que engloba a professora da Calltech e o CEO da AT&T é o desenvolvimento da rede de internet quântica e a fluidez absoluta da informação. Os laboratórios da AT&T pesquisam intensivamente os efeitos dessa rede quântica, uma forma de comunicação que engloba o conhecimento e a utilidades como o blockchain para desenvolver uma interação maior entre homens e tecnologias.
Para John, o futuro acena para a transmissão de dados entre corpos, independentemente de celulares ou dispositivos físicos. John diz que adora pensar em como seremos e onde estaremos daqui a 40 anos. Como iremos produzir conhecimento, como iremos interagir? Para ele, a parceria entre CallTech e AT&T representa uma conquista para a humanidade, pelo exemplo de colaboração aberta e capaz de fazer governo, academia e empresas trabalharem de forma integrada e harmônica.
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“Maria [a professora da Call Tech University] é uma força da natureza” destaca o CEO da AT&T. “Ela é capaz de mobilizar comunidades e aprofundar pesquisas incríveis e diferentes simultaneamente”, complementa o executivo. Maria diz que esses stakeholders realmente conseguiram dar as mãos para produzir um trabalho notável, baseado na criação da rede quântica, que irá mudar a forma pela qual pensamos a transmissão de dados.
A rede quântica poderá mover dados na velocidade do pensamento. Fará Realidade Virtual ser trivial e cotidiana. É possível pensar até mesmo em dados transmitidos na velocidade da luz, na qual os princípios da física possam ser trampolins para redimensionar a cognição. A física está a serviço da tecnologia e a impulsiona adiante.
Mas quais as implicações dessa visão de futuro? Para John Donovan, o valor de indústrias como a AT&T não está mais no negócio de comunicação ou telecomunicação. “Maria colocou 7 prêmios Nobel de física trabalhando nesse projeto, para extrapolar os limites e fronteiras da transmissão de dados e provocar visões que jamais imaginei para a companhia”. Imagine redes sociais quânticas, velozes como o pensamento. Essa realidade já não é mais um conceito. Ela está vindo para a realidade. Transmitir dados à velocidade da luz significa tornar possível teleportar pequenas coisas. Para Maria, o desafio é tornar estáveis as partículas de informação, superando os problemas da engenharia atual para desenvolver esse mecanismo.
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Alex Konrad provoca uma reflexão: essa rede quântica vai afetar de que forma a privacidade e a segurança das informações das pessoas? Para o CEO da AT&T, as tecnologias de encriptação serão poderosas e praticamente indevassáveis. “Será inevitável remodelarmos a maneira pela qual os programadores e hackers pensam e agem. A rede quântica vai mudar os conceitos de encriptação e segurança”, defende a pesquisadora da Calltech.
Sim, estamos presenciando uma conversa visionaria, digna de Jornada nas Estrelas em pleno Web Summit. Quais os limites para o desenvolvimento da tecnologia digital? Nos últimos meses, a sensação é que um muro desabou e um tsunami de possibilidades irrompeu com força incalculável.
Será que as crianças nascidas neste século e no final do século passado poderão não viajar de avião, mas teleportar-se de um país para outro?
A ficção científica está deixando de ser ficção?