A vida marinha está sendo sufocada por um campo de plástico nos oceanos. Vários peixes e tartarugas já foram encontrados com pedaços de plástico em seu fígado. Nossa primeira reação a essa notícia é muitas vezes de repulsa. Mas qual o impacto das oito milhões de toneladas de poluição plástica que entram nos oceanos todos os anos? O que pode ser feito nesse sentido?
As perspectivas de tal futuro impactam a forma como compramos alimentos. No ano passado, uma pesquisa conduzida pela empresa de consultoria McKinsey & Company confirmou que alimentos de qualidade continuam sendo mais importantes que os preços.
Os compradores se importam profundamente em consumir alimentos seguros e demonstram isso de bom grado com seus cartões de crédito.
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Desconhecimento da origem
Uma nova tecnologia está preenchendo essa lacuna de informação e devolvendo o poder do conhecimento aos consumidores. Ao catalogar dados da longa cadeia de alimentos em registros criptografados, o mundo da rede global de abastecimento será exposto.
Alimentos vendidos neste sistema serão mais detalhados que a maioria dos produtos que compramos online.
Os primeiros produtos de pescado a serem rastreados de forma transparente — do oceano ao ponto de venda — chegarão aos supermercados da Nova Zelândia e da União Europeia ainda este ano.
Um projeto piloto começou em junho de 2017 e a expectativa é de que a transparência na cadeia de abastecimento impeça que os peixes capturados com uso de trabalho escravo acabem em nossas compras sem que saibamos.
Para garantir que ninguém esteja comprando peixe cheio de plástico, as informações de geolocalização vão mostrar que a captura está longe de áreas costeiras populosas. E as certificações de inspeção vão provar que o produto passou por verificações de qualidade.
Consumidores conscientes
As campanhas de marketing podem pressionar a mudança à medida que os consumidores começarem a esperar mais transparência com seus alimentos, segundo o levantamento.
“A ideia de saber de onde vem sua comida é um privilégio daqueles que são mais ou menos economicamente seguros”, Robyn Metcalfe, diretora da organização Food+City, da Universidade do Texas, em Austin.
Aplicativos que oferecem informações sobre alimentos serão abundantes, por exemplo. Em um mundo onde os habitats de nossos frutos do mar estão cada vez mais ameaçados, essas tecnologias podem se tornar um requisito obrigatório para compradores sensíveis à qualidade.