Como adotar tecnologia de maneira produtiva e a serviço da experiência do cliente? E como as tecnologias inseridas em cada modelo de negócio podem impulsionar a gestão, a valorização e a atuação de seus colaboradores?
No Webinar Consumidor Moderno, com o apoio da UKG, o tema “Eficiência e produtividade: como a tecnologia aprimora a gestão de pessoas?”, permeou as análises dos especialistas convidados na construção do conhecimento sobre tecnologia e gestão.
O evento, mediado por Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão, contou com a participação Alberto Saavedra, diretor regional América Latina UKG, Fábio Leite, gerente sênior de Gente e Gestão da C&A e Lucas Novaes, CDO da Usaflex.
A tecnologia está nos auxiliando na gestão
de negócios e de pessoas?
Hoje, com o desafio de alinhar três ou até quatro gerações dentro do mesmo ambiente de trabalho, muitas empresas buscam na tecnologia uma ferramenta para essa necessidade de adaptação e de gestão moderna.
Alberto Saavedra, da UKG, destaca que esse é um dos principais desafios para as empresas. No entanto, Saavedra diz que a tecnologia permite que colaboradores comecem a ver o ambiente de trabalho mais justo também. Para o executivo, é o valor da tecnologia em “identificar demandas para colocar as pessoas corretas nas posições corretas” que requer cuidado. “Equilibrar ambientes, supervisão e liderança é o ponto na adoção”, resume.
Já Lucas Novaes acredita que a tecnologia não pode vir sozinha, como elemento único de transformação nesse cenário. “Quando você traz a tecnologia e não acompanha as pessoas pelo motivo que ela está sendo adotada, isso pode ser um grande erro em gestão e tecnologia”, alerta.
“Primeiro você tem que trazer conhecimento estratégico e novos skills para dentro da companhia”, frisa Lucas. Ou seja, é preciso entender que a formação do colaboradores deve estar em sintonia com a tecnologia almejada pela empresa.
Complementando a análise de Lucas, Jacques Meir, do Grupo Padrão, salienta a destreza e raciocínio da liderança nessa decisão. “Isso implica notadamente trabalhar o aculturamento da empresa: ‘por que’ deve vir antes de ‘o que’”, frisa Meir.
Nesse caminho, Fábio Leite, complementa dizendo que tudo que influencia essa transformação digital hoje nas empresas está impactando a forma de liderar, trabalhar e comunicar. “Temos que pensar na tecnologia dentro da empresa como uma jornada completa, do ciclo da gestão ao ciclo cultural da empresa”, pontua.
Alberto Saavedra traz ainda um ponto interessante sobre o tema quando diz, “devemos entender quem está em busca da tecnologia para a empresa. Se essa pessoa está diretamente ligada àquela área ou problema na busca pela solução tecnológica”.
Mas como gerar segurança e confiança
para colaboradores com uso da tecnologia?
Fabio Leite é da opinião de que a ideia de segurança e confiança, a partir do uso da tecnologia, está ligada ao propósito da empresa em “democratizar conhecimentos para seus colaboradores”. Nisso, a tecnologia proporciona, por exemplo, a criação de plataformas para o aculturamento radial dentro das empresas. “Na medida em que comunico valores para meu colaborador, eu estou preparando essa pessoa para que ela se sinta bem e tenha um senso de propósito ali dentro”, pontua.
Para Lucas Neves, da Usaflex, um dos desafios nesse caminho é a consonância em treinamento e resultados. “Hoje, a disseminação dessa cultura sobre como a tecnologia é um instrumento de manutenção do negócio deve vir da alta liderança até o ponto de venda – seja ele digital ou físico”, diz. “Essa adoção, no entanto, não pode andar separado de modelos ágeis de testes”, complementa Neves sobre a aplicação, uso e resultados.
Tecnologia pode nos deixar mais produtivos – e competitivos?
Afinal, a tecnologia pode ser uma aliada para nos deixar mais produtivos e competitivos? Sobre este ponto importante lançado pelo mediador Jacques Meir, Fabio entende que “a tecnologia não veio para a gestão de pessoas para que você continua o mesmo”. “Ela veio para você acelerar aprendizado contínuo”, ressalta.
Lucas complementa dizendo que o equilíbrio está no aprendizado e aculturamento de como a tecnologia pode se adaptar ao seu negócio. “É uma questão de entender como nós encontramos equilíbrio em sermos produtivos e felizes com a tecnologia no trabalho e, claro, entregar o que o seu negócio e o mercado exigem hoje”.
Para Alberto, “tecnologia não vai fazer você trabalhar menos”. “Nesse sentido a disciplina é determinante. Assim como a tecnologia exige treinamento, comunicar e ter equilíbrio nesse aspecto entre pessoas e digital também é necessário. Horas de trabalho não estão necessariamente ligadas à produtividade. Estudos já comprovam isso. Depende muita da sua função e de cada segmento”, avalia.
Como avaliar o grau de maturidade tecnológica de uma empresa?
Determinar o coeficiente para implantar ou evoluir a tecnologia dentro da empresa vem primeiramente do entendimento do seu negócio. “O que você quer enquanto cultura empresarial vai determinar o seu nível de adoção tecnológica”, frisa Fabio Leite. “Já manter a constância desse aprendizado é o que determina o sucesso”, completa.
Nesse jogo, Alberto destaca que as novas tecnologias têm um impacto brutal na lucratividade da empresa. “Hoje, entender que essas transformações não são apenas digitais, mas de negócios, onde os interlocutores são fundamentais nesse processo de aculturamento da empresa, é que fazem com que negócios sejam bem-sucedidos”.
Até que ponto a tecnologia pode fazer com que sua empresa se torne ainda mais humana?
Ao final do debate, o mediador Jacques Meir, pede aos convidados que resuma numa frase como a tecnologia pode tornar uma empresa mais humana aos olhos de seus colaboradores. Para Fábio Leite, da C&A, a vantagem do seu uso está justamente para que as empresas “aproveitem a tecnologia como uma escuta ativa em seu negócio”.
Já Lucas Neves, da Usaflex, acredita que a “tecnologia é uma consequência para sua empresa se conectar e cuidar ainda mais de seus clientes e colaboradores”. Alberto Saavedra, da UKG, conclui: “tecnologia permite equilibrar vida e trabalho, trazer mais visibilidade para líderes, gerenciar melhores negócios e demonstrar o valor de uma marca e liderança mais humana”.
Enfim, mindset em constante aprendizado, modelos ágeis e adaptáveis, valorização de sentimentos de confiança e pertencimento, criação de melhores processos de contratação e alocação inteligente, conexão com o momento, resultados… são inúmeras as vantagens – e desafios – no uso da tecnologia para o trabalho.
Sem dúvida, o Webinar Consumidor Moderno, reforça o poder do conhecimento aliado a gestão inteligente, onde tecnologia e humano são decisivos para o impacto de negócios e, consequentemente, da experiência do cliente com uma marca.
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