Focada na estratégia ‘think global, act local’, a marca austríaca Swarovski planeja quadruplicar de tamanho no Brasil em seis anos. Até 2017, a companhia atingirá sua loja de n° 60, anunciou na última semana o diretor financeiro da empresa, Claudio Fidelis, durante evento sobre a internacionalização do varejo na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A conta do executivo remonta ao número de lojas próprias operadas pela marca em 2011: 14 unidades. A partir dessa expansão, a Swarovski quer também passar a ser mais conhecida também fora do eixo Rio-São Paulo. Para Fidelis, a marca precisou entender a realidade brasileira e se adaptar a ela.
?Fora do Brasil, vendemos muito através das grandes redes de lojas de departamento ? como a Sears e a Macy?s ? o que aqui não acontece. Para garantir o crescimento no território nacional, trouxemos linhas mais econômicas e buscamos modificar a percepção de que seríamos uma marca ?cara??, explica.
Não só a percepção, já que a linha principal da Swarovski é a terceira mais cara da Europa, atrás da Tiffany e H. Stern. A disponibilização de produtos em outlets, como aconteceu com a Privalia no ano passado e o ?co-branded?, parceria com marcas consagradas, também possibilitou que a marca ficasse mais conhecida no Brasil.
?Além disso, conseguimos usar o melhor de nosso mercado brasileiro, que é o atendimento humanizado. Aqui o cliente gosta de ser mimado, então oferecemos café, sofá, tratamos o consumidor pelo nome?, explica.
Há dois anos, a Swarovski decidiu que também abriria franchising, outra plano dentro da linha de expansão, além das lojas próprias e dos produtos em multimarcas. Para 2015, está sendo preparado o e-commerce de joias.
Fidelis explicou que para aprimorar o entendimento da marca sobre o brasileiro e ajustar os ponteiros de como essa expansão ocorreria, a Swarovski contratou uma consultoria para mapear o País e descobriu que o principal gargalo é a logística.
?Os produtos vêm de Liechtenstein, então as lojas da Europa recebem os produtos praticamente no mesmo dia do pedido. Para chegar ao Brasil, demora 38 dias úteis?, conta. Na tentativa de amenizar esses problemas, a marca planeja buscar fornecedores locais pelo menos para os itens que não precisam essencialmente ser oriundos da fábrica própria, como o mobiliário das lojas, por exemplo. No ano passado, a Swarovski faturou US$ 4 bilhões no mundo.
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