Os hábitos mudaram por causa da pandemia do novo coronavírus. Mais dentro de casa por causa das medidas sanitárias, as pessoas estão mudando as suas prioridades. De acordo com pesquisa da PWC, 28% estão procurando novos hobbies, enquanto 51% gastam mais tempo com entretenimento. Nesse cenário, o streaming ganhou espaço.
Se no início do isolamento social as plataformas de streaming audiovisual viram a audiência crescer em 20%, segundo estudo da Conviva, agora a presença na vida das pessoas já está enraizada. É o que mostra uma pesquisa feita pela Nielsen Brasil em parceria com a Toluna: assistir conteúdos nesse formato já é um hábito diário para 42,8% dos brasileiros; outros 43,9% consomem pelo menos uma vez na semana.
Assim, o Brasil, que já estava entre os dez maiores mercados consumidores do modelo de entretenimento no mundo, ganha ainda mais força. Durante a quarentena, por exemplo, o número de assinantes da Netflix ultrapassou a quantidade de assinaturas de TV a cabo no País. Enquanto o primeiro disse ter 17 milhões de assinantes em junho, o segundo tinha 15,2 milhões de clientes em julho, de acordo com a Anatel.
“Os conteúdos sob demanda realmente se tornaram companheiros da população nos momentos mais complicados da pandemia. Neste sentido, a qualidade e variedade do conteúdo oferecido pelas plataformas de vídeos e áudios é chave para atração e retenção de mais consumidores”, afirma Sabrina Balhes, líder de mídia da Nielsen.
Qual a preferência?
Realizado no dia 30 de junho com 1.260 pessoas das classes A, B e C, o estudo da Nielsen aponta que o streaming de vídeo é o formato que mais conquista os brasileiros. Plataformas como Netflix e Amazon Prime são usadas por 73,5% dos entrevistados, enquanto sites de vídeos, como o YouTube, são acessados por 63,8% deles. Apesar da preferência pelos conteúdos sob demanda, a TV aberta e a TV a cabo não ficam muito atrás, registrando 61,5% e 54,9% respectivamente.
O equilíbrio é ditado pela escolha de cada faixa etária. Enquanto as plataformas de streaming ganham entre os mais jovens – 77,2% dos respondentes entre 24 e 15 anos usam estes serviços -, a TV a cabo é a favorita dos maiores de 56 anos (65,7%) e a TV aberta ganha a faixa dos 46 a 55 anos (62,9%).
Por enquanto, YouTube e Netflix são os gigantes do mercado de streaming no Brasil, sendo utilizados por 89,4% e 86,6% dos respondentes, respectivamente. Em seguida vem Amazon Prime (40,2%), Globoplay (25,5%) e Instagram TV (18,8%). Porém, o lançamento da Disney +, marcado para novembro deste ano, promete dar uma boa movimentada no mercado.