Você sabia que, quando falamos em inovação, pensamos também em alternativas que têm como foco a transformação da vida das pessoas? Algumas inovações têm cunho social, ou econômico, ou ambiental. Muitas delas, inclusive, atuam na área de saúde, tornando mais acessível esse bem que, no Brasil, é tão difícil de ser alcançado.
Um exemplo nesse sentido é a ideia que nasceu, em 2015, dos rapazes Samuel Toaldo e Eugen Braun, sócios da startup Goleiro de Aluguel. Eles desenvolveram um projeto social ligado ao esporte que está mudando a vida de jovens carentes em Mali, na África.
“Ter um olhar para ajudar o próximo vem do desejo de mudar realidades. Foi também o que me uniu ao Eugen para chegarmos onde estamos com a startup”, conta o CEO Samuel Toaldo. De forma pioneira, a Goleiro de Aluguel nasceu como marketplace que reúne fãs de futebol que precisam de um goleiro para uma partida entre os amigos, além de goleiros amadores que estão em busca de mais amizades e oportunidades de jogar com frequência.
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Aventura social
A ideia começou a partir de uma mensagem trocada no Facebook. Os sócios do Goleiro de Aluguel entraram em contato com o malês Vadjiguiba Diaby com o objetivo de incentivá-lo por seu empenho em buscar alternativas para ajudar jovens da sua localidade mesmo diante de tantas dificuldades.
Pela mesma rede social, Samuel e Eugen descobriram a iniciativa que Diaby estava realizando à sua forma: o treinamento de goleiros com meninos da sua comunidade. “Nós nos surpreendemos ao perceber o que pode ser feito quando realmente há vontade. Esse é o caso do hoje nosso amigo Vadjiguiba. Por isso, não exitamos em encontrarmos uma maneira de ajudá-lo”, comenta Eugen.
Diaby mantinha um treinamento improvisado para jovens goleiros às custas de muita criatividade. Emocionados com a iniciativa, os sócios começaram a disponibilizar uma verba mensal que financiou até mesmo o aluguel do campo de jogo e uma sala para guardar equipamentos.
Funcionamento
Hoje, a startup trabalha com o modelo de negócios que incentiva todos os envolvidos a contribuírem. 60% do valor por partida realizada fica com os goleiros e 40% com a startup. Destes 40%, parte da receita é direcionada para os custos com a operação e outra com a contribuição recorrente ao projeto.
O lançamento do primeiro aplicativo (no fim de agosto de 2016) permite três opções de valores para realizar convocações de goleiros, todos relativos ao tempo de jogo:
Por 60 minutos, o valor a ser pago por cada convocação é de R$ 30,00.
Por 90 minutos, o valor a ser pago por cada convocação é de R$ 45,00.
Por 120 minutos, o valor a ser pago por cada convocação é de R$ 60,00.
Também é possível escolher entre um goleiro específico ou aleatório. A demanda do jogo é enviada a todos os goleiros da base. Para esse ano, não só a parceria foi mantida como ampliada em 350% com a oficialização da chamada “Escuela de Porteros” trazendo mais estrutura aos jovens. Logo após o primeiro mês de aumento dos valores doados, os organizadores já anteciparam o pagamento de 6 meses do aluguel do espaço utilizado para treinos.