A startup Zimp foi criada com o objetivo de revolucionar o mercado de programas de fidelidade, em favor do consumidor e do lojista. A proposta da empresa é ser mais transparente do que os modelos já existentes. Para isso, cada ponto do programa equivale a exatamente um real, e os pontos nunca expiram.
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De acordo com Julia Canalini, CEO da Zimp, os programas atuais adotam duas práticas, que juntas, são nocivas para as duas partes: lojista e consumidor. O primeiro ponto que a empreendedora se refere é a ‘abstração do valor dos pontos’, segundo Julia, a pontuação é intencionalmente mascarada, assim o usuário não é capaz de calcular/converter o valor monetário real dos pontos. Além disso, os pontos expiram. Se o usuário não resgatar dentro do período eles são perdidos.
“Juntas, essas práticas permitem ao programa especular com os pontos de acordo com seu interesse, lucrando com a falta de transparência. Também permite direcionar o resgate dos pontos a parceiros ‘privilegiados’, que lucram às custas do restante da rede de parceiros”, explica Julia. “Por fim, com a expiração dos pontos, os programas lucram com a própria ineficiência: o cliente não consegue resgatar os pontos, que foram pagos pelo lojista, e a operadora embolsa todo o dinheiro: o dela e o que o lojista pagou para gratificar o cliente”, complementa.
Existe até um exemplo um projeto de lei, aprovado na Câmara dos Deputados, que proíbe a expiração de pontos. A sociedade não aceita mais esse tipo de prática, esse mesmo assunto é tema de ações civis públicas contra diversos programas de fidelidade.
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Por isso, segundo Julia, a proposta da startup é diferente. Como os pontos não tem prazo de validade e cada ponto equivale a um real, o consumidor consegue saber exatamente quanto acumula, de forma transparente, e isso torna a experiência do uso próxima a do dinheiro.
“Para o lojista, o risco é zero/beixo risco, uma vez que é baseado em performance: não existem custos indiretos como taxa de adesão, mensalidade, licença ou taxa de instalação”, diz Julia. A CEO ainda afirma que não tem o risco do investimento ser perdido com expiração e só paga os pontos quando efetua a venda. “Isto significa que a Zimp só ganha se o lojista ganhar”, finaliza.
A Zimp já permite acumular pontos nos principais varejistas online brasileiros. O consumidor precisa de cadastrar no site da startup e se conectar ao e-commerce por meio da plataforma. Assim, as compras feitas já passam a acumular pontos. O resgate também é feito pelo site. O próximo passo planejado pela startup é atender também lojas físicas.