Imagine um serviço de assinatura mensal, como o Netflix, de R$ 40 a R$ 60, em que o produto que o assinante ganha é uma caixa mensal na porta de sua casa com bugigangas, brinquedos e acessórios surpresa de algum super-herói ou outra figura do mundo geek. Quais as chances de dar certo?
Ao que parece, todas. É isto o que faz a Loot Crate, startup de Los Angeles fundada em 2012 e a número 1 do Inc.5000, lista das 5 mil empresas privadas que mais crescem nos Estados Unidos, feita pela revista de comportamento Inc. O levantamento leva em consideração o aumenta da receita dessas empresas nos últimos três anos
Entre 2012 e 2015, o crescimento da Loot Crate foi de 66.789%. Isso mesmo: mil. Em palavras, isso significa que a companhia é hoje 667 vezes maior do que era três anos antes, ou que, se você tivesse hipoteticamente investido R$ 5 mil nela em 2012, hoje você teria R$ 3,4 milhões.Em 2015, a receita da Loot Crate foi de US$ 116,2 milhões.
Para se ter uma ideia, a média de crescimento de todas as 5 mil empresas verificadas pela Inc. foi de 1.580% no mesmo período, e a segunda colocada, a rede de encontros culturais Paint Nite, cresceu 33.555%, metade do ritmo da vencedora.
Mundo geek por assinatura
A ideia da Loot Crate é simples: os interessados fazem a assinatura pelo site, escolhem o tipo de kit que mais lhe interessa (vestuário, games, animês etc.) e todo mês, automaticamente, recebe o caixote em casa.
A maior parte do que vem dentro é surpresa. Os kits são formados por seis objetos selecionados pela equipe da Loot, que podem ser brinquedos, bonecos, jogos, camisetas, meias, chaveiros e por aí vai. Neste ano, até um kit Pet passou a ser oferecido entre as opções – sim, acessórios geek para os animais de estimação.
Mario Bross, South Park, Star Wars, De Volta Para o Futuro, Doctor Who e heróis da Marvel são algumas das celebridades que podem estar entre os brinquedos. Muitos deles, inclusive, são criados exclusivamente para os clientes Crate, resultado de parcerias com grandes marcas que a empresa foi fazendo conforme crescia. A Marvel e Harry Potter são algumas delas.
“Eu sou um fã abrangente, e essa mentalidade funciona bem para o trabalho de curadoria”, disse o fundador da startup, Chris Davis, em entrevista à Inc. A ideia tomou forma durante um hackathon de que Davis participou em 2012.
Foi lá também onde conheceu o seu atual sócio, Matthew Arevalo. A dupla saiu da maratona digital com a plataforma pronta e os primeiros 220 assinantes interessados. Hoje, são 650 mil.
O site atende atualmente 35 países, distribuídos principalmente entre América do Norte, Europa e partes da Ásia. Nossos vizinhos Chile e Argentina também já podem fazer a assinatura e receber em seus países os kits geeks. No Brasil, no entanto, o serviço não está disponível.
Veja fotos postadas nas redes sociais por assinantes de seus kits: