Em 2017, o projeto Horta na Laje foi criado pelo Instituto Stop Hunger – uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sem fins lucrativos, mantida pela Sodexo com a missão de combater a fome e a má nutrição.
Desenvolvida em Paraisópolis, uma das maiores comunidades da cidade de São Paulo, a iniciativa foi elaborada para capacitar moradores, especialmente mulheres, a produzirem o próprio alimento por meio do ensino de técnicas de plantio em vaso ou recipientes plásticos, para que sejam capazes de cultivar as hortaliças em suas casas.
A ideia era ser, ao mesmo tempo, uma fonte de alimentação saudável e segura, e dar condições para geração de renda e transformação da região em um ambiente sustentável e com mais qualidade de vida. Desde então, o projeto já capacitou mais de três mil moradores.
Não por acaso neste ano a Sodexo foi, graças a esse projeto, a grande vencedora do Troféu GEEIS-SDG (Gender Equality European & International Standard – Sustainable Development Goals). A premiação inédita foi idealizada e promovida pela Arborus e tem o propósito de reforçar que a igualdade de gênero é a força motriz por trás da realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.
Além da Sodexo, a premiação reuniu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, as empresas Camfil, Danone, L’Oréal e Orange. Cada uma delas foi convidada a apresentar até dois projetos, de qualquer lugar do mundo, sendo apenas um selecionado.
Premiação
O júri reuniu grandes nomes: foi liderado por Cristina Lunghi, fundadora da Arborus, e composto por Nicole Ameline, ex-ministra francesa e vice-presidente da CEDAW (Comitê da ONU para a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher), Laura Palmerio, especialista do Pacto Global, Mara Marinaki, Embaixadora e principal conselheira do Serviço Europeu para equidade de gênero, Sonia Ramzi, ex-braço direito do Dr Boutros-Ghali (ex- secretário geral das Nações Unidas) e especialista da UNESCO e Bertrand Frot, representante do Programa de Desenvolvimento da ONU.
De acordo com Fernando Cosenza, vice-presidente de Marketing Estratégico, Inovação e Sustentabilidade da Sodexo Benefícios e coordenador global do Stop Hunger para o Brasil, esta iniciativa, criada e conduzida pelo Instituto Stop Hunger do Brasil, foi a maneira que encontraram de apoiar as mulheres de uma das maiores comunidades em situação de vulnerabilidade social do Brasil, oferecendo a elas oportunidades de geração de renda, de prática de hábitos mais saudáveis de alimentação e de transformação social por meio do empoderamento feminino.
“Acreditamos que capacitar e desenvolver as mulheres é fundamental para a erradicação da fome, pois há uma relação direta entre a melhoria da situação social das mulheres e o progresso na luta contra a fome”, explica Cosenza, que representou o Instituto e recebeu o trófeu na sede da ONU.