A SHEIN deverá colocar Santa Catarina no centro de seus planos de expansão em 2025. A gigante chinesa pretende, já no primeiro trimestre, somar mil novos vendedores da região em seu marketplace – hoje, cerca de 600 vendedores catarinenses estão inscritos na plataforma.
“Sempre recebemos muitos pedidos de lojistas de SC para que levássemos nossa logística para lá, por isso olhamos para o estado com muito carinho, região que é também estratégica: falamos do sexto maior PIB do Brasil e um dos maiores polos do fashion nacional”, disse Felipe Feistler, Country Manager da SHEIN no Brasil.
Blumenau, Joinville, Florianópolis, Brusque e Itajaí são as cidades-foco. Delas partirão os produtos locais para todo o país, já que, em colaboração com parceiros logísticos, a SHEIN desenvolverá serviços de coleta nas lojas dos vendedores para aumentar a conveniência e eficiência das operações no estado.
Expansão que promete mais
O marketplace da companhia foi lançado no Brasil em 2023, inicialmente abrangendo vendedores do Brás, em São Paulo.
Só no ano passado, a empresa avançou seu credenciamento para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. E em 2025, os planos não se esgotam em Santa Catarina – Rio Grande do Sul, Distrito federal, Goiás e Espírito Santo também estão no radar.
“Estamos felizes porque esse passo reforça nossa missão: ‘tornar a beleza da moda acessível a todos’. Aumentar nossa presença para mais regiões colabora para atendermos à diversidade do país, com moda cada vez mais regional e de consumidores exigentes”, avalia o executivo.
Na palavra da empresa
De acordo com o gestor, a SHEIN busca fortalecer sua presença no Brasil atraindo vendedores para seu marketplace com uma proposta de valor que inclui mais do que o acesso a uma audiência de mais de 50 milhões de consumidores.
“Ao se tornarem vendedores credenciados na SHEIN, os lojistas não só têm a oportunidade de oferecer seus produtos em uma das maiores plataformas de e-commerce do mundo, mas também podem aumentar significativamente a visibilidade de seus produtos tanto regionalmente quanto nacionalmente”, explica.
Além da ampla exposição, a empresa se compromete em fornecer suporte e treinamento para otimizar estratégias de vendas e garantir o acesso eficiente ao seu ecossistema logístico. Tudo baseado em dados.
“A inteligência da plataforma os auxilia, inclusive, mostrando quais produtos estão propensos a vender mais por categoria, sazonalidade, dentre muitos outros aspectos. Bons produtos e boas condutas são rapidamente detectadas por nossos algoritmos, o que facilita a decisão da plataforma por jogar mais tráfego para os melhores lojistas”, reforça.
Com o aval de lojistas
O encontro contou com a presença de lojistas credenciados com cases que chamam a atenção.
Em apenas três meses após a entrada da Mapolla na SHEIN, o marketplace se tornou responsável por 80% da receita em vendas. O faturamento saltou de R$ 40 mil/mês, em novembro de 2023, para R$ 300 mil/mês, em fevereiro de 2024 – o número representa um aumento de 750% nas vendas em comparação com outras plataformas que a loja de moda íntima do Rio de Janeiro já utilizava.
Já em janeiro de 2025, o faturamento da marca chegou a R$ 600 mil/mês.
“A SHEIN comunica moda como ninguém. No ano passado, ingressamos em nova categoria, a de pijamas. E graças a eles abrimos uma filial para atender apenas a essa nova demanda”, comemorou Paola Peixoto, vendedora da Mapolla.
Já a Miguxos e Miguxas, de moda infantil, do Brás (SP), viu na plataforma a verdadeira “salvação”. Após duas grandes derrotas no empreendedorismo, Aline da Silva Lima, a proprietária, resolveu aderir à SHEIN em agosto de 2023 e hoje, é a única plataforma em que opera.
Após seu ingresso, a empresária precisou alugar um galpão de estoque e contratar três funcionários com exclusividade. Hoje, a loja recebe 1.000 pedidos por mês e acumula receita média mensal de R$ 120 mil. O faturamento em dezembro de 2024 foi de R$ 207 mil – valor 64% maior que o mesmo período de 2023.
“Percebemos que o link da SHEIN na bio do nosso Instagram, nos deu maior credibilidade. Funcionou como se fosse uma validação. Crescemos muito rápido dentro da plataforma, por isso contratamos uma equipe só para cuidar do relacionamento com a SHEIN. Cada marketplace tem seu modelo de negócio, mas percebemos na SHEIN uma plataforma muito transparente”, avaliou Tatiane Cruz, gerente de e-commerce da marca.