Os empresários do setor supermercadista estão olhando para a economia com cautela em 2020. É o que mostra a Pesquisa de Confiança dos Supermercados do estado de São Paulo de janeiro, feito pela APAS (Associação Paulista de Supermercados).
Quando o assunto são os resultados de vendas, taxas de juros, inflação e empregos, 50% preferem não se posicionar e escolhem a neutralidade. Em dezembro do ano passado o índice de neutralidade era de apenas 28%.
O otimismo caiu em relação ao mês anterior e ficou em 38%. Em dezembro, 52% dos empresários do setor estavam otimistas. Os pessimistas representam 13% da amostra do último levantamento.
Para o economista da APAS, Thiago Berka, o resultado é esperado no começo do ano, quando muitos empresários revisam seus números no pós-Natal, ainda mais quando se registram seis meses seguidos de aumento na expectativa do setor.
“O principal motivo para os empresários adotarem uma postura mais conservadora no início de 2020 pode ser explicado pela alta inflação dos supermercados em 2020 de 5,3% (número acima dos 4% projetados pela APAS no início de 2019). O principal motivo para esse aumento foi a súbita alta no preço das proteínas, impulsionado pela exportação para a China e preço da arroba do boi”, explica Berka.
Para 2020, o crescimento real previsto é de 2,44% na comparação com 2019 e um aumento no número de empregos formais para 12 mil novas vagas líquidas.
Se consolidado, o estoque de empregos para 2020 será de 558,2 mil trabalhadores no setor contra os 546,2 mil de 2019.
Projeção nacional é otimista
A cautela dos empresários paulistas contrasta com o cenário nacional. A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) mostrou que 57% dos empresários da categoria estão apostando no aumento das vendas no verão.
Para se ter ideia, no mesmo período do ano passado apenas 45% deles estavam otimistas com as vendas.
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