Já pensou contratar um seguro residencial que funcionasse enquanto você viaja ou quando estiver no trabalho? Ou que tal adquirir um seguro contra de furto e/ou roubo do seu smartphone com uma proteção contra o vazamento de dados inclusa?
Esses e outros formatos de seguros podem aparecer no Brasil ainda este ano. Isso porque, a partir de março, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) deve liberar as seguradoras para que ofereçam aos consumidores combos ou pacotes de serviços com a combinação de vários tipos de cobertura em uma mesma apólice. Hoje, isso não é possível. A informação é do jornal O Globo.
Em entrevista ao periódico, o diretor técnico da Susep, Rafael Scherre, afirma que a burocracia é um entrave para a inovação do setor e que, consequentemente, torna o produto mais caro e pouco acessível à população. “O objetivo da desregulamentação do setor é diversificar os produtos oferecidos, reduzir preços ao consumidor final e ampliar a cobertura do seguro no país. Os produtos poderão ser estruturados de forma flexível, sem análise prévia ou aprovação das condições contratuais.
Produtos sob medida
A ideia de um seguro de celular que inclui uma proteção contra vazamento de dados já foi tema de uma ampla reportagem na Consumidor Moderno em 2019. Na ocasião, nós falamos sobre o impacto da personalização de serviços (uma exigência do consumidor) em setores da economia conhecidos pela rigidez normativa, caso de seguros. A reportagem de capa da Consumidor Moderno na edição 251.
A reportagem citou a oferta de seguro contra vazamento de dados, hoje já disponível para empresas, e que teria como segundo alvo o consumidor final. Esse tipo de seguro, aliás, já é comum em alguns países da Europa – hoje submetido à norma de proteção de dados do Velho Continente, a GDPR.
De acordo com o relatório Cybersecurity – Fighting Invisible Threats, do banco Julius Baer, da Suíça, todos os dias ocorrem 8 trilhões de ataques cibernéticos em todo o mundo, o equivalente a 90 mil por segundo. Em 2021, essas investidas devem custar US$ 6 trilhões à economia de todo o planeta, dos quais US$ 7 milhões no Brasil.
Segundo o Global Risk Report 2021, produzido pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com a Zurich Insurance Group, as universidades de Oxford e de Singapura e a consultoria de riscos e corretora Marsh & MacLennan, entre outros parceiros, os ataques cibernéticos estão entre os 5 principais riscos que podem ocorrer no curto prazo (2 anos). A título de comparação, na edição anterior, de 2020, eles estavam na 7ª posição em probabilidade – e em um horizonte de prazo mais longo, de 10 anos. Nesse cenário, a criação do módulo Self Risk Assessment no ZRA vai ao encontro da necessidade de gestão desse tipo de risco a que empresas e pessoas estão cada vez mais sujeitas.
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