O processo de contratação de um seguro de vida pode esconder várias pegadinhas. O especialista em gestão de riscos da BullMark Financial Group, Rodger Galas Rego, dá cinco dicas para não cair em armadilhas comuns e facilitar a proteção familiar.
1 – Cuidado com as apólices coletivas
Boa parte dos seguros de vida que são oferecidos pelo telefone, especialmente aqueles com preços baixos, são com apólices coletivas. Ou seja, o seguro de vida é feito para um grupo enorme de pessoas. Rodger Rego explica que as apólices coletivas permitem às seguradoras cancelar ou negar a renovação do benefício, desde que a mesma comunique com antecedência. “Imagine pagar um seguro de vida por 35 anos e depois de muito dinheiro investido nesta proteção, a seguradora decidir que não te quer mais como cliente?”, diz.
2 – Faça os exames de saúde
A falta de atenção na contratação do seguro de vida, especificamente nas avaliações de saúde, é outro problema comum. Uma proteção de vida responsável é aquela que exige histórico de saúde e exames para a contratação. “Com a omissão de informações de saúde, é possível que a apólice não seja paga no futuro sob acusação de falsa declaração de saúde. Os exames e documentação média é uma forma de proteger o cliente”, explica o especialista.
3 – Seguro não é investimento de longo prazo
Seguros de vida são seguros de vida, uma proteção para situações imprevisíveis, e não uma previdência ou investimento de longo prazo, de acordo com Rego. “Contratar um seguro resgatável pensando no resgate é errado, pois o valor pago muitas vezes supera em muito o valor resgatável. É mais eficiente rever os seus objetivos, se planejar financeiramente e aplicar em investimentos financeiros”, mostra.
4 – Gasto deve estar dentro do planejamento financeiro
Ao escolher uma apólice, é preciso avaliar o custo do investimento em seguro de vida quando comparados a sua renda familiar, perspectiva de renda futura e capacidade de poupança. Rodger Rego recomenda que “se o seguro comprometer uma parcela superior a 10% da renda anual, faça uma autoanálise sobre sua capacidade de poupança e futuros gastos para que oscilações financeiras futuras não o forcem a cancelar sua apólice”.
5 – Não tenha receio de procurar ajuda
Para entender de que forma o seguro de vida se encaixa em seu planejamento, é aconselhável avaliar uma série de fatores mais complexos sobre a apólice, a seguradora e condições de contrato. “É preciso avaliar a seriedade da seguradora, as características positivas e negativas das coberturas da apólice, os valores de cobertura, valores pagos pela apólice, necessidades de renovação de coberturas opcionais e históricos de pagamentos de sinistros por parte das seguradoras. Se isto for algo que foge do know-how do cliente, o mais indicado é ele buscar auxílio independente”, salienta.