Os novos comportamentos e as novas tecnologias têm apresentado novos males à saúde, mas também novas ideias para velhos problemas. Ao mesmo tempo que o ritmo de vida intenso tem criado uma legião de pessoas estressadas, é possível procurar um tratamento de maneiras cada vez mais inusitadas.
No Whow! Festival de Inovação, o assunto virou um painel com lotação máxima. A mediadora do encontro foi Ana Claudia Pinto, diretora de produtos e soluções da Sharecare, que falou sobre o desafios de uma saúde mais acessível a todas as pessoas. Na avaliação dela, a solução está nas novas tecnologias.
Um dos problema destacados por Ana Cláudia é o acesso da população brasileira aos planos de saúde. Os mais ricos conseguiram manter os seus convênios com empresas de saúde suplementar. No entanto, a classe média se viu em um problema nos últimos anos. O número de desempregados cresceu e superou a casa dos 13 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. A consequência disso é que com menos trabalhadores com carteira assinada, o número de pessoas protegidas com planos também caiu. E para onde eles foram? SUS? A maioria deles parece disposta a experimentar os novos modelos de saúde privada, como é o caso da Dandelion.
Melhor para todos
Essa é uma plataforma digital que conecta pacientes e médicos. Nesse modelo, os custos são menores para quem precisa de assistência médica e, segundo Mara Redigolo, co-founder da empresa, a remuneração é superior para os médicos. “A prática médica é cara e o valor do repasse é baixo pelo modelo dos planos de saúde. Por meio da tecnologia não cobramos R$ 500 e, ao mesmo tempo, oferecemos um bom modelo de saúde suplementar”, disse.
Mara não apenas criticou o modelo de saúde suplementar, mas também deu um “puxão de orelha” no consumidor brasileiro. Segundo ela, o brasileiro não se preocupa com a saúde do jeito que deveria – ou seria o recomendável. Uma das mais basilares é a preocupação com o sono, algo que impacta diretamente o humor das pessoas, a saúde de uma maneira geral e até o desempenho no trabalho.
A empresa Cochilo atua justamente nesse problema. Trata-se de um negócio que lembra um hotel. No entanto, em vez de quartos, existem cabines para cochilos a partir de 30 minutos. Hoje, a empresa possui duas unidades: no Centro de São Paulo e no Itaim Bibi, na zona oeste de São Paulo.
Cochilo
Segundo Camila, o cochilo é importante para o ser humano e existem estudos que mostram que uma pestana de poucos minutos faz muita diferença. “Estudos desenvolvidos pela Nasa mostram que um cochilo de 26 minutos melhoraram em 57% o desempenho dos controladores de voo”, disse.
Outro mal do nosso século é o smartphone. Ao mesmo tempo que os celulares exibem todas as conhecidas facilidades no cotidiano, tais como mobilidade, comunicação, entre outras, há também o lado negativo: a conexão exagerada e até mesmo o armazenamento de eletromagnetismo no nosso corpo – um conhecido “veneno” responsável por distúrbios de sono.
Daniel Konichi, fundador e CEO da Equilibri1, afirma que essa eletromagnetização é danosa e precisa ser eliminada do corpo. Foi pensando nisso que ele desenvolveu um produto que elimina esses íons indesejáveis do corpo. “Nós somos a geração dos benefícios e malefícios do celular. Essa geração dos anos 2000 em diante estão experimentando tudo isso desde a origem. Só iremos saber o que vai acontecer com essa carga de energia no longo prazo. Precisamos eliminar isso do corpo”, disse.
O produto desenvolvido por ele tem 11 anos e retira o eletromagnetismo do corpo por meio da aproximação de um chaveiro. No entanto, Daniel afirma que existem formas naturais de se livrar de tudo isso do corpo. “Abraçar uma árvore ou mesmo andar descalço na terra eliminam tudo isso. Precisamos retomar o contato com a natureza”, disse.