Você costuma acreditar em sabonetes que prometem limpar mais do que os outros, ou matar todas as bactérias, ou coisas do tipo? Os americanos tinham o direito de apostar nessa possibilidade, mas isso mudou. A agência americana de medicamentos e alimentos (FDA, na sigla em inglês) proibiu o uso de 19 ingredientes químicos nos sabonetes antibacterianos.
Isso aconteceu justamente por causa da proposta do produto. De acordo com o órgão, alguns dos produtos químicos presentes nesses sabonetes podem fazer mal à saúde e estão associados até mesmo ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer. Além disso, as substâncias não entregam a proteção que prometem.
Dessa forma, como aponta Janet Woodcok, diretora da divisão de drogas da FDA, os consumidores tendem a acreditar que sabonetes antibacterianos são mais efetivos para evitar os germes. Porém, “não existe evidência científica de que sejam melhores que água e sabão comum”.
Questão nacional
No Brasil, a história não é muito diferente. Prova disso é que a oteste, em 2012, avaliou a eficácia de 12 sabonetes para acabar com quatro tipos de bactérias: Escherichia coli presente no intestino grosso e nas fezes humanas, Pseudomonas aeruginosa, causadora da infecção hospitalar, Serratia marcescens, que ataca o sistema urinário e respiratório e a Staphylococcus aureus que causa infecções na pele e até pneumonia. Porém, nem todos foram eficazes. Na época do ocorrido, a Associação pediu à Anvisa que os testes de eficácia fossem padronizados.