Se a moda pega… Na última quinta-feira (17), o Governo da Rússia ordenou o bloqueio da rede social LinkedIn com base em uma nova lei no país que ordena o armazenamento de dados dos russos dentro do território cossaco.
Esse é o primeiro caso de uma rede social bloqueada no país com base na nova legislação. O LinkedIn, rede social americana recentemente comprada pela Microsoft, reclamou da decisão e afirmou que o bloqueio afetaria milhões de usuários. Hoje, segundo dados do site G1, a rede social possui mais de 467 milhões de usuários no mundo. Estima-se que seis milhões estariam na Rússia.
Além da empresa, a lei vem sofrendo duras críticas de entidades civis organizadas. Além da nova lei, há outros que falam sobre controle de acesso ou dados na rede mundial de computadores.
A oposição política ao governo de Vladimir Putin também criticou a medida e acusou o Kremlin de restringir a liberdade de expressão. Por sua vez, o governo russou rejeitou o rótulo de censor e afirmou que “age seguindo estritamente a lei”. Será que o endurecimento das regras de acesso a internet devem piorar até os Jogos Olímpicos?
E no Brasil?
A obrigatoriedade de manutenção do armazenamento de dados no território nacional já foi alvo de discussão no Congresso Nacional, durante o governo do PT.
A ideia era incluir a obrigatoriedade no Marco Civil da Internet – o que não ocorre na lei já aprovada.
Hoje, algumas empresas mantenham dados cadastrais e de outras finalidades armazenados em nuvens. Ocorre que há uma discussão na comunidade tecnológica sobre a real localização de uma nuvem. Embora empresas digam que é possível determinar o local de origem dos dados, trata-se de um limite com grande dificuldade de fiscalização. Em tese, ele pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.