Conheça alguns fatos e motivos para visitar o endereço, que além de tudo tem uma importância histórica inegável para a cidade de São Paulo e a formação de sua cultura contemporânea.
1. O nome da rua foi dado em homenagem à data da primeira Constituição brasileira, redigida e outorgada pelo imperador D. Pedro I em 25 de março de 1824, em substituição ao nome Rua de Baixo.
2. A Rua 25 de Março recebe mais de 400 mil pessoas diariamente e mais de um milhão em semanas de datas comemorativas.
3. O levantamento da SPTuris ainda aponta que, na Rua 25 de Março, 70% dos turistas estão em busca de produtos para revender em suas cidades de origem.
4. O registro da 25, como é conhecida pelos paulistanos, foi feito em 1865. A descoberta do documento é creditada ao pesquisador Lineu Francisco de Oliveira, no livro ?Mascates e Sacoleiros?, que conta a história da rua
5. Os registros históricos indicam que a primeira loja a ser aberta ali foi a Nami Jafet & Irmãos, em 1893. Nasciam, assim, duas tradições: a de imigrantes libaneses se estabelecerem na 25 de Março e a de fornecerem mercadorias para seus patrícios recém-chegados a São Paulo mascatearem em bairros mais distantes.
6. Por estar localizada em uma região de várzea, eram comuns as enchentes e, quando elas aconteciam, os comerciantes vendiam tudo aquilo que não tinham perdido a preços imbatíveis, para se capitalizarem, o que levou os mascates a abastecerem seus estoques por lá.
7. Alguns levantamentos que fizemos com lojistas da região dizem que, os períodos entre quarta-feira e sexta-feira, são os períodos com a maior presença de turistas.
8. Antes de ser uma rua, a 25 de Março era mesmo um rio, já que o leito do Tamanduateí, então navegável, corria no atual traçado dela, recebendo as águas do Anhangabaú e desaguando no Tietê.
9. Adoniran Barbosa já trabalhou como atendente de uma loja da rua e foi demitido por batucar no balcão do estabelecimento.
10. O imigrante mais antigo da 25 de março é o libanês André Khattar deixou o seu país em 1951, quando tinha 16 anos. Falsificou seus documentos para passar pela polícia, já que era proibido viajar sozinho antes dos 18 anos. Em São Paulo hospedou-se em uma pensão próxima à Rua 25 de Março e, com a ajuda de outros imigrantes, arranjou o primeiro emprego numa loja de tecidos.
11. A partir dos anos 1960 e, sobretudo na década de 1970, foram chegando os chineses e coreanos com suas bugigangas e produtos mais baratos. Isso atraiu mais gente, mas prejudicou os comerciantes antigos.
12. A Rua 25 de Março é considerada o maior centro comercial a céu aberto da América Latina.
13. Os primeiros produtos comercializados na 25 eram porcelanas japonesas e chinesas, cutelaria alemã, rendas suíças e francesas, casimira inglesa e outros produtos importados.
14. Depois da Revolução de 1930, a indústria nacional consolidou-se e os produtos nacionais passaram a dominar as prateleiras das lojas da 25 de Março. Vestuário e armarinho eram os principais produtos, vendidos no atacado e varejo.
15. Hoje a 25 forma um complexo comercial com mais de 3.500 pontos de venda.
* Com informações do Terra, Prefeitura de São Paulo e Diário de S. Paulo
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