Bug do CX: o que é e como resolver
- Por Marina Pechlivanis
- 3 min leitura
Na era da hiperconectividade, o volume diário de informações e experiências em circulação é inimaginável. No entanto, será que as marcas e as pessoas estão preparadas para processar tudo isso?
Notícias, promoções, lançamentos, ações de relacionamento, tudo o que é comunicado demanda energia para ser compreendido e espaço livre de memória para ser armazenado. Se há muita coisa para processar ao mesmo tempo, é possível que o cérebro alcance a exaustão, o que prejudica o seu desempenho. Isso pode causar, entre tantas outras questões nocivas à saúde mental, o fenômeno da amnésia digital, que acontece quando não fazemos esforço para registrar algo em nossa memória confiando que os recursos tecnológicos farão esse trabalho por nós, diminuindo a nossa capacidade atencional.
Por isso, é preciso criar ambientes de otimização do repertório compartilhado para criar vivências memoráveis, que gerem lembranças significativas, que se transformem em relacionamentos respeitosos, longevos, benéficos e produtivos para todos: quem vende e quem compra. Esse é o grande desafio do Customer Experience hoje.
Até que ponto as experiências estão realmente surpreendendo os clientes e gerando boas percepções de imagem e boas conversões em vendas? Desenvolver mais e mais estímulos e estar disponível em todos os lugares possíveis para um CX envolvente, em vez de ajudar, pode trazer a sensação de perseguição, que gera pressão e pode causar rejeição. Campanhas e ativações que estão em todos os pontos de contato podem gerar repelência e não adesão.
Por outro lado, de que adianta rastrear todos os dados dos clientes, em cada fase de sua jornada de relacionamento com a marca, se há pouca estrutura para integrar, de forma efetiva e em tempo, tudo o que foi mapeado? Estratégias exageradas ou mal-planejadas podem bugar por falta de capacidade no processamento e aproveitamento prático de dados e, assim, bugar a mente dos clientes por excesso de informação ou por falta de resolução de demandas.
Bugou? Então vá nas configurações de suas ações de CX e reprograme-se: remova aquilo que está atrapalhando, atualize o seu sistema de relacionamento e pergunte-se: “Que tipo de vínculo quero estabelecer com os meus clientes? Que imagem desejo que tenham da minha marca? O que posso fazer para o bem-estar de quem confia nos produtos e serviços que ofereço?”
Querer vender é uma coisa, mas surpreender não tem nada a ver com mais e mais pontos de contato exuberantes, e sim com diálogos significativos, respostas assertivas e entregas que superem as expectativas. Menos que isso, trava; mais que isso, atrapalha.
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