Segundo informações do Dinheirama, a referência para as empresas de comércio exterior , bancos e varejo é o dólar comercial. No caso específico dos cartões de crédito e suas faturas, o valor utilizado pelos bancos e administradoras costuma ser a cotação do dólar comercial somada a uma margem de ganho (spread).
As instituições financeiras não são obrigadas a detalhar este cálculo e, por isso, optam por não divulgar a fórmula usada para o cálculo da cotação utilizada na fatura do cartão. Em geral, os valores da moeda utilizados para conversão nas faturas se situam entre o dólar comercial e o dólar turismo, tendendo quase sempre para este último.
O mercado de câmbio é livre em nosso país, o que significa que as cotações (formação de preço da moeda) são alteradas de acordo com a oferta e a demanda pela moeda. Para resumir, quando há dólar demais na praça, ele passa a valer menos; quando a moeda estrangeira está em falta, seu preço sobre.
Segundo a maioria dos especialistas, a dica é comprar moeda de acordo com a data da viagem. Por exemplo, quem tem viagem marcada para daqui a algumas semanas deve fazer a compra de forma gradual. A sugestão é comprar moeda estrangeira aos poucos, começando pelo menos seis meses antes da viagem. Dessa maneira evita-se correr riscos em cenários como o atual, pois o consumidor terá tempo de sobra e poderá fazer o câmbio quando as cotações estiverem mais baixas.
Samy Dana, professor e economista da FGV, mostra a vantagem da compra gradual. Se o consumidor comprar US$ 2.000 em dinheiro com a cotação a R$ 2,15, por exemplo, ele vai gastar, no total, R$ 4.316,34. Se esse mesmo consumidor tivesse comprado metade dos US$ 2.000 quando a cotação estava em R$ 2,10 e a outra metade com a cotação em R$ 2,15, o gasto total final seria menor, de R$ 4.266,15 (uma diferença de R$ 50,19 a menos). Isso porque, na média, o consumidor terá pago uma cotação de R$ 2,13 pela moeda.
A vantagem do traveller check em relação às outras formas de pagamento é a segurança e praticidade. O diretor comercial da casa de câmbio Fitta, Luiz Ramos, conta que sempre recomenda aos seus clientes que levem cerca de 20% em dinheiro do país para onde viajarão. A maior parte do dinheiro a ser gasto, porém, ele recomenda que seja disponibilizado via cartão de débito pré-pago, que permite ao viajante pagar despesas e sacar dinheiro em moeda local do país.
O cartão permite que se estipule o gasto pretendido, carregue o cartão e depois vá sacando os valores conforme a necessidade. O cartão pode ser carregado em dólares, euros ou libras.
Se as despesas forem pagas diretamente no cartão, não há cobrança de taxas, mas para cada saque efetuado o turista irá desembolsar £ 1,70, US$ 2,50 ou ? 2,50, dependendo da moeda na qual o cartão foi carregado. Em muitos países, como Estados Unidos, o cartão pré-pago pode ser usado para pagar despesas como corridas de táxi – apesar de não agradar aos motoristas.
Conheça alguns aplicativos que podem ajudar na hora do câmbio:
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* Com informações do Dinheirama e UOL.