Está previsto para o segundo semestre deste ano, o lançamento do Procon SP em Números, um anuário ou documento que vai mostrar em detalhes o perfil das reclamações no estado registradas no ano anterior. A ideia é apresentar o documento todo ano.
A revelação foi feita Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon São Paulo, durante as gravações de A Era do Diálogo deste ano, evento que acontece nos próximos dias 27 e 28 de julho. Confira a programação aqui.
Novo CRM
Os dados do Procon SP em Números serão obtidos a partir das reclamações online dos consumidores, além dos procedimentos internos dos fiscais do órgão de defesa do consumidor. Tudo isso alimenta um sistema CRM (customer relantionship management).
“Vamos trazer dados de atendimento, dados de resolutividade, tudo individualizado por setor e por tipo de problema”, revelou Farid.
Em tempo: o CRM é o coração do inédito atendimento digital oferecido pelo órgão de defesa do consumidor. Hoje, muitos Procons no Brasil recebem ou atendem o consumidor por canal digital, porém o gerenciamento das queixas é feito de maneira manual e lenta. No caso do Procon São Paulo, o CRM permite organizar e automatizar por meio de robôs essas informações e tudo é exibido em tempo real.
Justiça em Números
A ideia de organizar e divulgar os resultados das atividades do Procon SP em Números lembra o anuário produzido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
No caso do CNJ, o anuário mostra tudo aquilo que se refere ao judiciário brasileiro: quanto gasta, total de processos, perfil das ações na Justiça, entre outros dados que compõem o mais completo perfil do nosso judiciário.
Já o documento da Senacon exibe os números de reclamações feitas pelos mais de 900 Procons de todo o País, além de incluir as queixas registradas na plataforma de conciliação online, Consumidor.gov.br.
SINDEC
O que chama a atenção no lançamento do Procon SP em Números é o simbolismo. No fim do ano passado, o Procon São Paulo informou que não irá alimentar a base de dados do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Sindec), uma base nacional de queixas mantida pela Senacon.
A ideia é não “exportar” para o governo federal a quantidade de queixas registradas no estado. São Paulo, sozinho, representa aproximadamente 30% dos dados.
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