O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) gerou uma economia de energia de 10,5 bilhões de quilowatts-hora (kWh) no ano passado, de acordo com o Relatório de Resultados do Procel.
Renata Falcão, superintendente de Eficiência Energética da Eletrobras, disse que a economia representa cerca de 2,2% da carga de consumo total do Brasil e equivale ao consumo de energia anual de 5,25 milhões de residências. Além disso, corresponde à energia fornecida no período de um ano por uma usina hidrelétrica com capacidade de 2,522 megawatts (MW). Segundo ela, a economia é suficiente para adiar investimentos estimados em R$ 1,2 bilhão.
De acordo com Renata, a economia de energia resultante do Procel foi quase 8% maior do que a obtida em 2013, que chegou a 9,7 bilhões de kWh, e mostra tendência crescente nos últimos anos. Além disso, essa economia evitou a emissão de gás carbônico correspondente a 489 mil veículos em um ano.
Os investimentos no programa no período somam em torno de R$ 2,4 bilhões, com economia de energia acumulada de 81 bilhões de kWh. Renata informou que o valor da energia desta “usina virtual” chamada Procel é de R$ 30 por kWh. ?Não existe energia mais barata do que essa.?
Para a execução de ações e projetos nas esferas pública e privada, o Procel dispõe de subprogramas, entre os quais o Procel Educação, o Procel Sanear, o Procel Info e o Procel Indústria. No ano passado, foi lançado o Selo Procel de Edificações e incluídas duas categorias no Selo Procel de Equipamentos (forno de microondas e lâmpadas LED).
Renata disse que a economia de energia é fruto também de investimentos do passado e lembrou que foram capacitadas universidades e criados 70 laboratórios em todo o território, nas mais diversas áreas. ?Tem esse efeito multiplicador, que dá frutos em longo prazo. Você não necessariamente tem que investir sempre mais. A ideia é fazer cada vez mais com menos e multiplicar isso com gestão?, argumentou.
Para Renata, a população brasileira tem consciência da necessidade de economizar energia. Ela ressaltou, porém, a importância de reforçar a atuação do Procel na indústria ? que representa 40% do consumo nacional ? e na área edificações comerciais, residenciais e públicas ? que representam 50% do consumo.
Fonte: Agência Brasil.