Urick Loureiro é um jovem paulistano, aficionado pela cultura urbana e é claro, por tecnologia. Em seus 29 anos de vida, boa parte foi destinada à sua carreira no mundo tech. O engenheiro de software é fixado por gadgets e novas possibilidades tecnológicas, porém, a privacidade e o gerenciamento de seus dados é sempre uma preocupação.
Quando avaliamos essa tendência, não há como não questionar: como será que a nova geração encara tudo isso? E os consumidores em geral? Bom, para Urick é tudo muito claro.
“Quando falamos em proteção na era da tecnologia é importante entender para onde vão os nossos dados e como eles existem no mundo fora do nosso domínio. Nunca sabemos no fim das contas o que pode acontecer. Eu conhecendo bem e fazendo parte deste mundo, de software e aplicações do dia a dia, entendo que as empresas são responsáveis por aquilo que fazem, mas nós como consumidores também precisamos ter responsabilidade com aquilo que é nosso.”
E é nesse cenário que vivemos: discussões longínquas tomam os órgãos legislativos sob a perspectiva da formação de códigos que possam garantir os direitos públicos nessas “transações” de dados. Do outro lado, temos consumidores que questionam cada vez mais para onde suas informações pessoais estão sendo direcionadas.
A futurista e especialista Jaqueline Weigel, da W Futurismo, vê o cenário de uma forma mais crua e realista.
“A privacidade, já não a temos, é tempo de recuperá-la. Não queremos mais nossos dados circulando de qualquer jeito, nem queremos mais ser controlados, manipulados ou perseguidos por algoritmos”, enfatiza.
A privacidade é uma questão estritamente ética?
Hoje, essa preocupação não está apenas ligada ao campo ético. Tamanha simbiose com a tecnologia fez com que os consumidores sem rótulos incorporassem essa tendência às suas IDENTIDADES. Urick é prova disso por viver intensamente o universo das big techs.
“Considero importante entender para onde vão os nossos dados e como eles se convergem nesse sistema maior. Pense: qualquer problema relacionado a privacidade, em que uma grande companhia possa ser indiciada, é um grande problema para todos nós. É uma questão de sobrevivência no mercado.”
Além do seu trabalho na área , Urick segue uma rotina que poderia render uma série de dados para as empresas: utiliza os mais diversos gadgets, que vão de relógios inteligentes para contabilizar suas pedaladas pela cidade, um robô aspirador que limpa sua casa automaticamente e computador de última geração que o acompanha. Sobre isso, afirma que já está ciente de quais dados podem ser coletados e que usa de técnicas que possam reduzir tais impactos em sua vida.
“Nossos dados se tornaram uma moeda de troca convertida em oportunidades para as empresas, mas para manter a confiança e a estabilidade do consumidor o cuidado com essas informações é fundamental”, afirma a CEO da W Futurismo.
Nesta década, devemos discutir diversos projetos de lei e tentativas legais que pautam a proteção dos dados da população. No Brasil temos a LGPD, na Europa a GDPR e nos Estados Unidos o governo pressiona cada vez mais as big techs acerca da má conduta no gerenciamento de dados. No futuro, privacidade será um produto ou mera troca comercial?
O documentário Privacidade Hackeada, de 2019, lançado pela Netflix, acompanha a rotina de um professor americano que processou o Facebook após o escândalo relacionado à Cambridge Analytica. A agência de marketing digital foi acusada em diversos países de operar com coleta de dados ilegal com aval da empresa de Mark Zuckerberg para influir no resultado das eleições americanas de 2016.
A estreia do filme aconteceu em um período de discussões acaloradas sobre a Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil. Prevista para vigorar à partir de agosto de 2020, o cerne da questão permeia sob a adaptação das empresas e seus serviços. Estariam as companhias prontas para garantir o cumprimento da legislação?
Em nossa seção especial sobre LGPD, você pode esclarecer tudo o que é necessário para ficar por dentro da lei.
Para Jaqueline esse é o mote de toda a questão. “Nossos dados se tornaram uma moeda de troca convertida em oportunidades para as empresas, mas para manter a confiança e a estabilidade do consumidor o cuidado com essas informações é fundamental”, finaliza.
Juntamos 7 pessoas do cotidiano que representam o futuro e tendências do aqui e agora que moldarão o amanhã. Ieda, por exemplo, é uma chefe de cozinha da Chapada Diamantina e espalha sua culinária por onde passa. Hoje encanta os paulistas com uma comida tradicional e nordestina em um restaurante que leva seu nome. Por isso impossível não falar de LOBAL, quando o local é muito maior do que o que vem de fora.
Também descobrimos Leandro, preparador de atletas, que muda a vida das pessoas através da AUTO-OTIMIZAÇÃO. Já Urick é púpilo dessa geração de pessoas preocupadas com PRIVACIDADE E PROTEÇÃO DE DADOS. E tem o Fabrício, tão ligado em tecnologia que já fala em uma ROBOTIZAÇÃO DA VIDA.
Sem falar da Renata, que acredita em um mundo em que é possível (e necessário) VIVER MELHOR, assim como a Ana Lúcia, que sabe que número não define nada, que IDADE é EMOCIONAL. E a Júlia? Uma NATIVA ECOLÓGICA que quer transformar o mundo através do ativismo ambiental e na sua crença de um planeta melhor.
Esses são 25 anos da nossa história e é você consumidor que a define. O mundo do consumidor sem rótulos. Um mundo de IDENTIDADES. A cada semana um novo personagem! Conheça nosso manifesto vivo e um evento que moldará o novo olhar sob o consumo e o comportamento na nova década: identidades.consumidormoderno.com.br