O Departamento de Meio Ambiente e Energia de Hamburgo veio a público divulgar um guia de 150 páginas, em que detalha práticas sustentáveis que devem ser seguidas em repartições públicas da cidade. Entre elas, está a proibição do uso de cápsulas de máquinas de café.
“Estas embalagens provocam a utilização desnecessária de recursos e geração de resíduos. As cápsulas não podem ser recicladas facilmente porque são produzidas por uma mistura de plástico e alumínio”.
As autoridades de Hamburgo vão mais longe. “São 6 gramas de café e 3 gramas de embalagem. Nós, em Hamburgo, pensamos que isto não deve ser pago com o dinheiro dos impostos dos contribuintes”.
Na Alemanha, as cápsulas são responsáveis por 25% do consumo de café. Apesar de algumas empresas, como a Suíça Nespresso, estimularem a reciclagem da embalagem por seus consumidores (elas podem ser entregues nas lojas), realmente poucas pessoas acabam devolvendo as cápsulas usadas.
“Na verdade, reciclar não ajuda. A reciclagem só deve ser feita quando todas as demais alternativas não funcionam. Há diversas outras maneiras, mais eficientes e melhores, de produzir café do que em cápsulas”, afirmou Jens Kerstan, secretário do Meio Ambiente e Energia de Hamburgo.
Quem comemorou a iniciativa da prefeitura de Hamburgo foi a organização Kill The K-Cup, que luta pelo uso exclusivo de cápsulas de café que possam ser recicladas. O maior inimigo da iniciativa é a companhia americana Green Mountain Coffee, que produz as máquinas e cápsulas Keurig.
De acordo com a Kill The K-Cup, em 2013, com o volume de embalagens produzido pela empresa, seria possível dar a volta ao Equador mais de dez vezes. A organização diz ainda que apenas 5% das atuais cápsulas da Keurig são fabricadas com plástico reciclado.
Assista abaixo ao divertido vídeo que a Kill The K-Cup produziu no ano passado, em que simula a invasão de uma nave alienígena feita com cápsulas de café.
*Via Conexão Planeta.