Que os vídeos invadiram todas as redes sociais, isso todo mundo tem visto. Mas, acredito que a grande dificuldade das empresas é decidir onde investir para aparecer. E o podcast, ainda, pode ser muito estratégico.
Antes que alguém apareça e fale “não tem mais espaço para nada”, eu lamento muito, mas não concordo. Vou voltar um pouco meu histórico: antes de trabalhar com produção de conteúdo, pasmem, já fui blogueira do mundo de startups.
Lá em 2012, quando comecei o então Startups Stars, tudo era novidade! O iFood estava no começo e os apps de táxi estavam aparecendo. Depois disso, veio a Uber e super apps, que foram tomando conta dos nossos smartphones.
Durante essa minha jornada escrevendo sobre o que via no mercado, uma dúvida sempre surgia: existe espaço para mais startups? E a resposta é sim. Porém, assim como os podcasts, vai ser difícil outro app de comida entrar para ganhar do iFood, em vista que já se passaram tantos.
Porém, não se pode olhar apenas para o público de massa. Sim, é um grande sonho poder dizer que se tem centenas de milhares de usuários, assim como as pessoas querem ter milhões de seguidores, mas não dá.
É mais fácil você ganhar na mega sena do que se tornar um influenciador, como Whindersson Nunes. Faz quanto tempo que ele está no topo?
Nicho: das startups aos podcasts
Voltando à minha teoria e observação quanto ao mercado, as startups pararam de querer nascer para competir com as gigantes. Em vez disso, focaram no mercado que atuavam! Hoje tem de tudo: marketplace de locação de malas, sistemas prontos para gerenciamento de trabalho ou até de bater ponto, e muito mais.
Quando trabalhei na Movile, Fabricio Bloisi era o CEO do grupo. E curiosa, perguntei se eles não teriam um app de carona. Ali, ele me explicou que para entrar no mercado B2C de massa, seria com muito dinheiro e com pouca chance de sucesso, pois já existia 99, Easy, Uber etc.
Por anos, fiquei com isso na cabeça. E, observando que, mesmo grandes grupos precisam ser estratégicos de onde entrar e em como entrar. Então, imagina nós, que somos pequenos pensando em ter um podcast. Mas não desanime, seguimos:
Vamos falar do que mesmo? É mesa cast sobre pet, sobre sono, espiritualidade, conteúdo?
O nicho seria: “emagrecimento saudável dos cachorros”; “alimentação para quem não pode comer glúten”, conseguem entender? Temos então a junção do mercado que se quer falar e, além disso, aquela nichada ainda mais específica para atingir quem curte exatamente esse assunto (tenho um conhecido que adora ouvir animais mastigando!).
Empresas devem ter um podcast em 2025?
Depois dessas análises, precisamos entender em que momento sua empresa está. Se já é uma gigante, me arriscaria em falar para patrocinar algum podcast já com uma audiência legal. Isso é uma forma de entrar ganhando.
Talvez, uma forma legal de ter um podcast sendo muito grande, é fazer um só para seus colaboradores! É uma forma carinhosa de passar conteúdo, valor de empresa, novidades, e claro, um conteúdo muito dinâmico e rico.
Vamos a outro exemplo: tenho um cliente que começou fazendo polissonografia dos seus pacientes em casa e isso abriu um leque enorme para falar sobre a saúde do sono, focado em apneia.
Vejam, é preciso sim ter um podcast sobre isso! Pois, os profissionais que estão entrando nesse nicho, possuem pouquíssimos conteúdos em português ou validados por cientistas brasileiros. Para esse cliente, que estava em um contexto de ser uma solução para detectar apneia, abriu uma porta gigantesca quando conseguiu determinar o próprio nicho.
Mas gente, podcast é um bate-papo. O formato da mesa e o microfone grandes são legais, mas você pode quebrar um pouco isso, criando cenários diferentes, como em um talk show, por exemplo, com sofás e boas lapelas. As pessoas gostam do diálogo, da identidade!
Se a sua marca já tem, ótimo! Se não tem, começa testando até achar seu formato ideal!
*Talita Lombardi é CEO e fundadora da Central do Conteúdo Estúdio e Produtora, especializada na criação de vídeos, e no portal Central do Conteúdo, dedicado a temas de marketing digital.