Você já pensou quais dados seu plano de saúde armazena sobre você? Obviamente, as informações retidas por empresas desse segmento são muito ricas e caso caiam nas mãos erradas podem ter um efeito devastador. É por isso que Juliana Pereira, diretora-executiva de clientes da Qualicorp, explicou o trabalho da empresa de saúde para garantir a segurança dos dados, além dos desafios que os convênios enfrentam nesse sentido. Sua palestra aconteceu durante o 1º Seminário de Proteção de Dados, no dia 15 de outubro.
Quando falamos do segmento de planos de saúde, englobamos uma fatia grande da população brasileira: 22% da população, ou seja, 47,1 milhões de pessoas são conveniadas. Já 9 milhões integram planos individuais e familiares e 31,7 milhões por adesão coletiva empresarial. Uma gama de nichos diferentes e um grande número populacional que trazem consigo um banco de dados massivo.
“Como estamos falando com as pessoas? Como estamos garantindo a proteção desses dados? Enquanto esperamos as autoridades, o que nós, empresas, como parte da sociedade podemos fazer para aprimorar esse cenário”, questiona Juliana.
No setor de saúde, as pessoas fornecem seus dados a todo momento. Várias instituições têm propriedade sobre essas informações: corretoras, operadoras, seguradoras, sindicatos, empresas, médicos, hospitais, laboratórios e administradoras de benefícios. Dentre os dados estão: idade, endereço, contato, histórico completo de saúde, dados familiares e socioeconômicos.
“Hoje, quando entramos no consultório de qualquer médico, encontramos um computador na mesa e ali ele preenche todas as suas informações que são salvas no sistema”, adiciona a executiva da Qualicorp.
Ela destaca como essa gestão de informações pessoais coloca os planos de saúde sob o guarda-chuva da LGPD e como isso torna importante se antecipar a qualquer incidente de vazamento ou que ponham os dados dos conveniados em risco.
Como as operadoras de saúde podem fazer uma gestão de dados mais responsável? Confira as melhores práticas:
1 – É importante utilizar os dados, mas também é preciso empoderar o consumidor: dar acesso aos dados;
2 – Entender que não existe mais segredo, honestidade é essencial. Caso algo aconteça, o consumidor precisa saber;
3 – Justificar a razão do uso dos dados de forma clara;
4 – Além de estar preparado juridicamente, é preciso buscar tecnologias e estrutura para lidar com as informações obtidas.
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