Pesquisas recentes revelam que adultos e idosos que possuem animais de estimação sentem-se menos solitários. O estudo da revista Aging and Mental Health, em uma amostra de 830 pacientes de cuidados primários da terceira idade, revela que os que possuíam pets eram 36% menos propensos a relatar solidão. Agora, os melhores amigos do homem prometem tomar nova forma: os pets robôs.
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Sim, você não leu errado. Estudantes de engenharia e design da Universidade de Cincinnati pensaram em uma renovação para as opções de animais automatizados do mercado.
O objetivo do empreendimento é o de torná-los cada vez mais parecidos com animais de verdade. Os pets robôs contarão com funções de segurança para idosos, como um colar inteligente, comunicação com parentes próximos, alertas em caso de quedas, acidentes e monitoramento cardíaco.
Claudia Rebola, coordenadora da pesquisa e professora associada da universidade, é especialista em envelhecimento e já fez parte de outros projetos de inteligência robótica que envolvem animais robotizados.
O resultado de sua última empreitada são os animais robóticos da Joy For All, disponíveis para compra desde 2015 e com um preço acessível, cerca de cem dólares cada.
O novo modelo deve ser baseado na aparência de um Yorkshire Terrier, mas a maior dificuldade encontrada no protótipo é o preço. A pesquisadora acredita que no futuro, os animais serão mais acessíveis e, também personalizáveis: cada consumidor poderá adquirir o seu na cor e raça desejada. Atualmente, os modelos já testados e estudados custam milhares de dólares.
No entanto, o número de animais de verdade, especialmente gatos e cachorros, cresce cada vez mais pelo mundo todo. Não à toa o mercado pet está estimado para valer 98,81 bilhões de dólares até 2022.
O Brasil é o segundo maior mercado – só em 2018 o país movimentou cerca de R$ 34 bilhões de acordo com o IBP (Instituto Pet Brasil).
A tendência dos “animais de mentirinha” deve demorar um pouco para pegar força. De qualquer forma, os pesquisadores e desenvolvedores do novo protótipo acreditam que o bichinho automático será um grande aliado ao cuidado e saúde mental dos idosos.