Na rua, nos parques e nas janelas, é fácil ver pessoas com seus cachorros, gatos e passarinhos. Segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), o país é o terceiro do mundo em animais domésticos. A população de pets no país é estimada em 149 milhões, entre cães, gatos, peixes ornamentais e aves. Por eles, a indústria pet movimentou R$ 51,7 bilhões em 2021.
Seguindo a tendência de digitalização do consumo, empresas de tecnologia desenvolveram produtos inovadores e soluções em serviços, que incluem delivery, cuidadores e até planos de saúde. São as pet techs: startups que focadas em atender toda esta cadeia, de produtos a serviços voltados aos bichinhos.
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Em 2021 o segmento fechou com um faturamento de R$2,8 bilhões. Uma das empresas que surgiu e cresceu neste período é a Pet In Time, app criado para conectar consumidores a empresas, especialmente em horários ociosos.
Experiência norteia desenvolvimento de pet techs
“O setor de serviços, principalmente, sofre com a sazonalidade da ocupação ao longo dos dias. Pensando nisso, começamos a desenhar um aplicativo para unir uma gama de lojas e ocupar esses horários ociosos em troca de descontos para o consumidor”, explica Rodrigo Marzagão, co-fundador da Pet in Time.
O app foi validado com muita calma, e incubado em uma venture capital para escalar a operação. A CVB nasceu com a ideia de uma empresa que existe há 75 anos, parceria do Ibama, pensando em inovação para junto com um fundo de investimento com olhar para mercado pet. Isso porque o mercado pet tech está aquém de ser digital. Para Alaíde Barbosa, CEO da Capri Venture Builder, ainda há muitos dores para serem atendidas e pouca visibilidade para as pet techs.
“Ainda há muito a ser criado no mercado pet. Temos ido a universidades, incubadoras, onde começo o relacionamento, avaliando as ideias e dores que essas startups estão buscando atender”, destaca Alaíde Barbosa.
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A Dr Mep sentiu na pandemia de formalizar esse tipo de atendimento que já existia pelo WhastApp, pelo telefone, mas ainda não era legalizado. No aplicativo, veterinários dão teleconsultas e teleorientações aos tutores, que pode incluir análise de exames e encaminhamentos a clínicas especializadas, com o acesso unificado ao prontuário do animalzinho. Cabe destacar que caracteriza uma teleconsulta quando há prescrição médica, se não, trata-se de teleorientação.
“É um mercado muito novo, mas que vivenciamos durante a pandemia. Há ainda uma dúvida muito comum entre veterinários e tutores, mas temos tido um retorno muito bom especialmente os profissionais. Para os tutores, estamos na fase de convencimento da experiência, e desenvolvemos uma plataforma intuitiva que tem chamada de vídeo, de texto, acesso ao prontuário, com suporte pós-consulta no WhastApp”, enumera Nathalia Lubini, CEO da Dr Mep.
Outro diferencial do app veterinário é exatamente a experiência omnichannel. A parceria com hospitais vai do digital para o físico. “Temos clínicas parceiras e laboratórios para recomendar por especialidade ou proximidade quando for o veterinário no Dr Mep avaliar que é necessário encaminhar para o presencial”, relata Nathalia Lubini, com o benefício de já ter um prontuário iniciado e a conveniência de não precisar pagar duas consultas.
Ecossistema de valor
A Dr Mep é uma das incluídas no portifólio da CVB, para construir a quatro mãos o crescimento da startup do segmento das pet techs. O primeiro passo, fala Alaíde Barbosa, é a abertura da empresa. “Acreditamos que o mais importante é ela ter clientes, emitir nota fiscal, o que mostra que a startup está se validando no mercado, o que atrai investidores”.
O projeto prevê a entrada de até 30 startups ao mesmo tempo, sete por ano. Elas têm 4 anos para performar, desde a ideação até escalar o negócio. O trabalho envolve o apoio a todas as verticais de construção de uma empresa, marketing, jurídico, treinamento de vendas, análise de indicadores. “É importante ter foco, e é difícil colocar isso na cabeça dos empreendedores e dos investidores-anjo, por isso acreditamos que a startup não tem que ser um pedinte, tem que ter vida própria para atrair investidores”.
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A Pet in Time é uma das empresas que já está escalando, com quase 300 parceiros em todo Brasil. A busca de valor da empresa focou na experiência presencial, mas organizada digitalmente, para se diferenciar dos vários marketplaces já consolidados no mercado. O ecossistema da Pet in Time inclui de pet shops a dog walkers, day cares e espaços não totalmente voltados ao segmento, mas que são pet friendly, como hotéis e restaurantes.
“São serviços presenciais, que agregam valor, e a equipe de vendas eleva o ticket médio ao trabalhar produtos agregados, assim como é importante para os tutores terem acesso às melhores ofertas e serviços com comodidade e conforto”, reflete Rodrigo Marzagão.
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