Para Google, discutir multicanalidade é ridículo

Diretor da gigante de buscas afirma que empresas estão despreparadas para o século 21

Redação
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novembro 11, 2015

A primeira edição do Know, evento sobre tendências organizado pela Seed, empresa de Analytics para o varejo físico do Brasil, começou com uma polêmica acalorada sobre o advento da multicanalidade no varejo. Afinal, faz sentido para as empresas ditar uma jornada de compra para um consumidor ávido por escolhas?

?A discussão sobre omnichannel em 2015 parece uma das coisas mais ridículas e inadequadas que a gente poderia estar fazendo aqui hoje?, provocou Júlio Zaguini, diretor de Agências do Google Brasil durante o painel Omichannenl – A quebra das barreiras entre on-line e off-line.

Segundo ele, ?usar a expressão ?agência digital? e ?mídia on e off-line? é completamente despropositado, e chega a ser infantil?. Veja a seguir outros pontos delicados que Júlio Zaguini levantou durante o bate-papo no auditório da ESPM.

De dentro para dentro
De acordo com o executivo, a discussão sobre este tipo de classificação da mídia (on e off) revela o momento que a maioria das empresas estão vivendo na atualidade. ?Elas se comportam como se estivessem no começo da Era Industrial. A visão é de dentro para dentro, ou seja, para suas estruturas despreparadas para o século 21?, destacou Zaguini.

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Rei do relacionamento
O porta-voz do Google Brasil explica que o consumidor deseja ser visto no papel de decisor, o ?rei do relacionamento? com a marca. No entanto, ele critica estruturas corporativas impositivas, defendendo que o resultado é quase sempre a veiculação de comerciais sensacionalistas em redes de televisão.

Responsabilidade e propósito
Para Zaguini, um líder deve liderar seus negócios de acordo com aquilo que faz sentido para ele como ser humano. ?As pessoas mudam. Das 9h às 18h mudo de Júlio Zaguini para Júlio do Google, e acabo esquecendo que sou um ser humano?, exemplifica. ?Temos que tomar cuidado porque precisamos respeitar as pessoas. Acho que a responsabilidade é nossa, não das empresas?, conclui.

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