As empresas do varejo buscam incessantemente por inovações que otimizem suas operações e aprimorem a experiência do cliente. Nesse contexto, a Pague Menos e Extrafarma protagonizou uma transformação em sua infraestrutura operacional.
A Extrafarma, com mais de 1,6 mil pontos de venda em todo o país e um catálogo de 18 mil itens, implementou uma plataforma de gestão inteligente de estoques desenvolvida pela empresa israelense Onebeat, especializada em soluções de varejo baseadas em Inteligência Artificial e big data.
Sob a liderança de Fernando Alves, diretor de Supply Chain e Logística da Pague Menos e Extrafarma, a empresa encarou esse desafio estratégico, visando otimizar o mix de produtos, especialmente os medicamentos genéricos, para aprimorar a eficiência operacional e garantir margens mais atrativas. “Fizemos tudo isso sem perder vendas ou deixar de atender o público em suas necessidades”, ressalta Fernando Alves, que é diretor de Supply Chain e Logística da Pague Menos e Extrafarma.
Um estudo desenvolvido pela Tyco Retail Solutions, uma das maiores provedoras de prevenção de perdas, inteligência de estoque e informações de tráfego baseadas em analítica, mostra a importância do RFID (controle da mercadoria por meio de sensores de identificação por radiofrequência) na precisão do estoque dos grandes varejistas.
Segundo o levantamento, o maior benefício reside na capacidade de visualizar em tempo real cada item do estoque através do RFID. A integração dessa tecnologia com um procedimento regular de contagem de mercadorias permite ao varejista evitar discrepâncias no estoque. Além disso, isso resultaria em uma precisão de até 99%, com alegados aumentos nas vendas variando entre 5% e 25%.
O impacto da IA na previsão de demanda
Uma das áreas em que a inteligência artificial tem impactado é na previsão de demanda. Utilizando algoritmos avançados, a IA pode analisar uma variedade de dados históricos, como vendas passadas, sazonalidade, tendências de mercado, eventos externos e até mesmo dados meteorológicos, para prever com precisão a demanda futura. Isso tem permitido que varejistas ajustem seus estoques, evitando tanto a falta quanto o excesso de produtos.
Outro benefício da inteligência artificial na gestão de estoques é a capacidade de personalizar a experiência do cliente. “Tínhamos a decisão estratégica de otimizar o mix de medicamentos genéricos ofertados para chegarmos a uma racionalização maior da operação, diminuindo a quantidade de SKUs (ou Unidades de Manutenção de Estoque) para cada princípio ativo, além de garantir maiores margens em cada um deles”, resume Alves.
Na prática, os algoritmos monitoraram o comportamento do consumidor nas lojas e indicaram o tipo e quantidade de itens que deveriam ser entregues nos centros de distribuição e nas respectivas unidades da rede, tudo automatizado e em tempo real.
Com esse sistema, a cadeia de suprimentos foi totalmente integrada e automatizada, com reposições precisas, inteligentes e balanceadas, segundo os critérios definidos pela Pague Menos. Assim, as lojas em que a demanda está aquecida são rapidamente reabastecidas. Da mesma forma, uma atenção especial é dada onde o giro de produtos esteja abaixo do esperado.
A parceria estratégica com a retail tech, que gerencia mais de 50 mil pontos de venda e um estoque equivalente a mais de R$ 55 bilhões no mundo, foi extremamente positiva para garantir o sortimento adequado em todas as regiões do país, de acordo com as demandas específicas dos consumidores. O executivo lembra que a implantação levou quatro meses de testes e adaptações. “O resultado alcançado foi positivo, chegamos a uma correta distribuição dos SKUs em toda a rede.”, pontua.