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Pagamento offline começa a ser estudado no Brasil

Pagamento offline começa a ser estudado no Brasil

Objetivo primordial da ação, do Banco do Brasil em parceria com a G + D, é oferecer possibilidades de inclusão financeira.

Objetivo primordial do pagamento offline, do Banco do Brasil em parceria com a G + D, é oferecer possibilidades de inclusão financeira.

Você já ouviu falar de meio de pagamento offline, sem contar o dinheiro em espécie ou o cheque? Pois é isso que está porvir, em um futuro nada distante. Os benefícios serão vários, mas o principal, a princípio será a inclusão financeira de pessoas vulneráveis ou excluídas digitalmente.

Mas, engana-se quem pensa que as vantagens pararão nesse ponto. Tudo porque, do lado do consumidor: quem nunca passou pela experiência de, no momento da conclusão de uma compra, o sinal do celular cair?

E, agora, da parte das empresas: que negócio nunca teve problemas de rede de internet, que deixam todos os processos lentos ou até mesmo sem funcionar? E como consequência tiveram que ver consumidores desistindo da compra, gerando prejuízos no faturamento do negócio?

É para evitar esse tipo de transtorno, para ambos os lados, que métodos de pagamento offline estão sendo estudados no momento. Como o próprio nome diz, o pagamento offline é um meio de pagamento que não requer o uso da internet para movimentar valores de uma conta para a outra.

Pagamento Online x Pagamento Offline

Exemplo de pagamento offline é o próprio dinheiro em espécie. Nesse caso, seja para obter desconto, seja para manter o controle das finanças, o uso das cédulas em papel continua em alta. Inclusive, ele foi apontado como o meio de pagamento favorito para 44% dos entrevistados. O dado está em uma pesquisa do Instituto Locomotiva no ano passado.

Todavia, em termos de preferência, o Pix foi o meio de pagamento mais utilizado em 2023. Com quase 42 bilhões de transações, houve um aumento de 75% em relação ao ano anterior. Ele, sozinho, ultrapassou todas as transações de cartão de crédito, débito, boleto, Transferência Eletrônica Disponível (TED); cheques e os extintos Transferência Especial de Crédito (TEC) e Documento de Crédito (DOC), os quais, somados, chegaram a quase 39,4 bilhões.  

Agora, imagine só unir a tecnologia do Pix com a facilidade do dinheiro do papel?

Sem conexão com a internet

Pense no celular, um cartão de banco ou até uma pulseira realizando transações com moedas virtuais, mas sem estar conectado a internet. Pensou? Uma aproximação entre dispositivos será o suficiente para transferir o valor do pagador para o recebedor, de forma criptografada. Rápida e automática. Simples assim.

A solução tecnológica, já testada em países como Tailândia e Gana, começará e a ser estudada no Brasil. Quem está à frente essa iniciativa é o Banco do Brasil (BB), juntamente com a empresa Giesecke+Devrient Currency Technology (G+D). Ambos firmaram um acordo de cooperação técnica que prevê o uso do Drex, a versão eletrônica desenvolvida pelo Banco Central, para transações sem conexão com a internet.

Na prática, esse novo acordo busca adaptar a solução do Drex às necessidades do Brasil. Em suma, a ação complementará as transações feitas com dinheiro, cartões e Pix. O Banco do Brasil destaca que o pagamento offline possibilitará a exploração de novas maneiras de utilizar o Drex em transações do dia a dia, como em pequenas compras, pagamentos de serviços e mesadas.

Inclusão financeira

Outra característica importante é que a novidade aumentará o acesso à moeda digital. E isso se estenderá para pessoas com dificuldade de internet. O resultado será maior promoção da inclusão financeira de pessoas que não têm acesso a internet. Além disso, será possível realizar transações seguras em estabelecimentos locais por meio de dispositivos como pulseiras ou anéis.

Neste aspecto, segundo dados do Banco Central do Brasil, em 2020, na pesquisa “O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento [2019]”, as compras com dinheiro dominavam: 77% consumidores pagavam com dinheiro em espécie, sendo ele o principal meio de pagamento, seguido do cartão de débito, com 12%, do crédito, com 7%.

A pandemia da Covid-19 acelerou uma transformação. No ano passado, os brasileiros bancarizados mantinham, em média, contas em quatro bancos simultaneamente. A informação consta em um levantamento encomendado pelo Google aos institutos Quantas e Liga Pesquisa. Ao todo, 190 milhões de brasileiros tinham conta em banco em 2023.

Contudo, mesmo com todo esse avanço, nos últimos 3 meses de 2023, 29 milhões de pessoas não tinham acesso a internet. Tais dados foram coletados pela pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros (TIC) Domicílios 2023, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Os excluídos

Esse público – de excluídos – é o ponto chave para o estudo. Quem explica é o próprio Banco do Brasil, que diz que a ampliação do Drex beneficiará as pessoas com dificuldade de acesso à internet, sem inclusão financeira ou que vivam em locais com infraestrutura precária. “Pessoas sem contas bancárias podem carregar carteiras digitais em um dispositivo, que pode até ser um acessório como pulseira ou anel, e fazer transações seguras em comércios locais”, diz o BB em nota.

A solução em estudo foi apresentada no programa Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift Challenge), promovido pelo Banco Central.

Quando estiver em pleno funcionamento, no pagamento offline, as transferências dos dados criptografados entre as contas serão garantidas pelo protocolo de segurança criado pela G+D, uma empresa global que fornece soluções para segurança digital, plataformas financeiras e tecnologia monetária. A companhia também atua no desenvolvimento de projetos mundiais de moedas digitais de Bancos Centrais, como o Drex. O Banco do Brasil participa oficialmente do projeto-piloto do Drex.

Uso de dinheiro

Outra pesquisa que aponta que o uso do dinheiro em espécie continua expressivo no Brasil é da Tecban, empresa de tecnologia bancária e de soluções financeiras. Nela, ficou provado que 29% dos brasileiros usam o dinheiro físico como uma das principais formas de pagamento. Nas classes C, D e E esse número sobe para 32%. Na Região Nordeste, o índice chega aos 40%.

Em resumo, entre os motivos pela preferência pelo papel moeda, informou o levantamento, estão a dificuldades de conexão com a internet e a falta de conta ou cartão de crédito.

Em contrapartida, uma solução que permita pagamentos sem conexão com a internet, de forma prática, segura e simples, “tem potencial para se tornar um meio de pagamento alternativo ao dinheiro em espécie, além de popularizar o Drex”, finaliza o Banco do Brasil.

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