Com o ritmo acelerado do desenvolvimento de novas tecnologias e a dinâmica do mercado moderno, é fundamental evoluir em softs skills e, ao mesmo tempo, assegurar a eficiência dos processos organizacionais digitais. Mais do que habilidades técnicas, lideranças digitais devem adotar novas formas de pensar, orientar e se relacionar com colaboradores.
A tecnologia vem contribuindo de forma exponencial para que esse novo líder desempenhe uma lista extensa de papéis e funções de negócios “digitais”. No mercado, estrategistas digitais, diretores digitais, gerentes de engajamento digital e dentre tantos outros já estão presentes. Ainda assim, alinhar esses profissionais aos objetivos da empresa e a desenvolver soft skills é um tanto desafiador.
Para um estudo publicado pela MITSloan em parceria com a Deloitte University Press, quase 90% dos executivos anteciparam que, diante das tendências digitais, suas indústrias sofrerão uma forte disrupção, em grande ou moderada escala. Porém, apenas 44% reconhecem que as respectivas empresas estão se preparando adequadamente para isso. Os resultados foram obtidos a partir de 1 mil entrevistas com CEOs de 131 países, 27 setores e organizações de tamanhos variados.
Assine nossa newsletter!
Fique atualizado sobre as principais novidades em experiência do cliente
Como o líder digital deve agir para atingir resultados de impacto?
De acordo com Josh Bersin, fundador da Bersin by Deloitte, o líder digital deve ter a capacidade de confiar e capacitar suas equipes. “Os líderes digitais criam equipes pequenas e altamente capacitadas. Eles confiam no desempenho dessas equipes e os responsabilizam pelo impacto no cliente. Eles constroem sistemas de informação em tempo real para dar suporte à tomada de decisões e esperam que essas equipes comecem pequenas, iterem, experimentem e se adaptem. Eles olham para seus negócios como plataformas, não apenas como produtos e serviços.”, explica, em artigo publicado na Harvard Business Review.
O executivo destaca ainda a diferença entre agir e pensar digitalmente: “As empresas que se adaptam rapidamente aos modelos de negócios digitais não apenas ‘fazem digital’; elas ‘agem digitalmente’. Em outras palavras, praticam um modelo inteiramente novo de gestão”.
Cultivar e desenvolver talentos e líderes digitais é preciso
Mas de onde saem os líderes digitais? De acordo com o estudo, as empresas digitalmente maduras consideram importante contratar talentos com esse foco, mas também julgam indispensável investir em talentos internos. Nesse sentido, 76% dos executivos dessas empresas disseram há, nas respectivas organizações, recursos e oportunidades para o desenvolvimento de competências digitais. Por outro lado, nas empresas digitalmente imaturas, apenas 14% identificam tais características.
Não por acaso, empresas que estão se tornando digitalmente maduras também têm mais facilidade em atrair novos talentos digitais – 71% daqueles que atuam nessas organizações confirmam essa afirmação. Nas empresas digitalmente imaturas, apenas 10% afirmam ter tal facilidade e tendem a depender de contratados e consultores para apoiar seus esforços digitais. O resultado desse cenário, é claro, é a existência de uma lacuna de talentos nas empresas em estágio inicial.
+ NOTÍCIAS
Desafios no varejo: tecnologia é chave para otimizar jornada do cliente
O mundo digital está preparado para incluir idosos?