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O varejo é o Brasil que dá certo

O varejo é o Brasil que dá certo

Crescendo sempre em qualquer cenário econômico, agora setor vai em busca de reconhecimento

Em busca de uma visão única para o desenvolvimento do varejo brasileiro, representantes das maiores entidades do varejo se reuniram mediados pela jornalista Milena Machado no último dia 29, durante o maior evento de varejo da América Latina, o BR Week. A presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Cristina Franco, ressaltou que o varejo é o ?Brasil que dá certo?.

?Nós sabemos amolar o machado. Passamos por todas as variações de mercado, sempre crescendo a números acima do PIB. Sabemos navegar em qualquer situação: seja no ?PIB do milagre?, ?hiperinflação?, ?pibinho?, o que vier?, disse.

Para o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers, Luiz Fernando Pinto Veiga, o que torna o varejo tão forte é o consumidor brasileiro. ?Tivemos crescimento de 6% no consumo da classe C em shoppings. Tenho segurança que vamos passar por esse momento econômico difícil e depois voltar a ter um mercado glorioso no Brasil?, avaliou.

A diretora executiva do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, Fabíola Xavier, acrescentou que o setor tem amadurecido muito, principalmente nos últimos dez anos. ?Hoje os empresários pensam completamente diferente e a participação aumenta potencialmente. O IDV, por exemplo, em 2004, havia nove empresas associadas. Hoje passamos das 50?, exemplificou.

Interferências e tributos

O vice-presidente e coordenador geral do Conselho do Varejo da Associação Comercial de São Paulo, Nelson Felipe Kheirallah defende que a iniciativa deve partir sempre do varejista. ?Se esperar alguma coisa do governo, nada vai acontecer. Preferimos que o governo apenas se contente em interferir menos?, afirma. O presidente da Abrasce trabalha com o mesmo raciocínio. ?Nós somos amantes da iniciativa privada e da economia de mercado. Queremos que nos deixem trabalhar, mais nada?.

O presidente da Associação Paulista de Supermercados, João Galassi, criticou a base de impostos de mais de 30% e disse que não é uma ?troca justa? quando se coloca na balança o trabalho e o que se tem que pagar em carga tributária. E reafirmou que há, de fato, essa falta de representatividade. ?Não tem ninguém que fale por nós. Precisamos nos organizar para que nossa voz seja mais forte?.

Participação

Nelson Kheirallah também compartilha da opinião e diz que para fortalecer o setor, é essencial que cada varejista participe de uma entidade representativa, seja ela qual for. Mesmo pensamento do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas Mauricio Stainoff, que entende que as dificuldades afetam muito mais as pequenas empresas do que as grandes e médias. ?Em nossas entidades, o associativismo é espontâneo e os empresários contribuem para o fortalecimento da classe e a defesa das intervenções do governo. Isso dá uma legitimidade muito grande?, completou.

Longos mandatos

João Galassi, questionou a longevidade dos mandatos de presidentes de entidades no País. Citou como exemplo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), cujo presidente está há 34 anos no poder. ?Já coloco aí um ponto de interrogação se o estatuto da Confederação seria coerente com o momento atual. Eu gostaria de ser representado por uma entidade que tivesse em seu cerne a democracia?, destacou.

Associação das Associações

Os representantes marcaram para o próximo dia 4 uma reunião com todas entidades, visando justamente o estabelecimento de uma pauta única para o varejo nacional. O presidente da Abrasce, Luiz Fernando Pinto Veiga, disse que é importante que as ideias estejam alinhadas, mas que cada entidade seja fortalecida separadamente, sem a criação de uma ?entidade do varejo?.

No entanto, a maioria dos representantes defende que seja criada de fato a ?Associação das associações?, que consiga maior poder de negociação com o governo, demarcação de sua posição de destaque, reconhecimento de sua contribuição expressiva para o PIB e visibilidade no mercado econômico.

A presidente da ABF, Cristina Franco conclui relembrando do ?grande guarda chuva? do varejo. ?Essencialmente priorizamos a tríade: emprego renda e crédito. Enquanto se tiver tudo isso, estaremos todos representados. O varejo resplandeceu e é importante que nós, varejistas, reafirmemos essa posição de destaque em uma atitude apartidária, porém sem deixar de ser política. Todo caminho começa com um primeiro passo e este, já conseguimos dar?, finalizou.

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