Os custos de mão de obra aumentaram em 2,5 vezes no Brasil nos últimos dez anos, contribuindo de forma decisiva para a redução da competitividade do país no cenário global. Essa é a avaliação de Ira Kalish, chief economist officer da consultoria Deloitte, na manhã de abertura do World Retail Congress, em Paris.
No evento, um dos principais fóruns mundiais de discussão das oportunidades estratégicas do varejo, o Brasil foi pouco mais que uma nota de rodapé até o momento. “Os mercados emergentes foram, nos últimos anos, impulsionados pelo aumento do endividamento e pela demanda chinesa por commodities. O Brasil não foi exceção nesse cenário”, analisa Kalish.
Para ele, entretanto, o alto custo da mão de obra faz com que varejistas internacionais pensem duas vezes antes de investir no país. “Esse é realmente um gargalo que, se resolvido, poderia fazer com que o país crescesse muito mais rapidamente”, afirma.
“É algo que o próximo governo deveria priorizar, pois interfere não apenas no varejo, mas em todos os segmentos da economia”, conclui.
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