O primeiro semestre deste ano registrou um aumento de 87,6% no número de pedidos de recuperações judiciais, em relação ao mesmo período do ano passado: foram 923 pedidos, segundo dados divulgados hoje (05) pela Serasa Experian.
Segundo a empresa, o resultado é o maior para o acumulado do semestre desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (junho/2005). De janeiro a junho de 2015, foram 492 ocorrências contra 414 em 2014.
As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial nos primeiros seis meses de 2016, com 535 pedidos, seguidas pelas médias (246) e pelas grandes empresas (142).
Segundo economistas da Serasa, o recorde revela a gravidade da atual crise econômica. “A combinação dos juros altos com a prolongada recessão impõe sérias dificuldades financeiras para as empresas, levando-as a se utilizarem do mecanismo da recuperação judicial como forma de se preservar da insolvência”, disse a empresa em nota.
Com relação às falências, foram realizados 869 pedidos, um aumento de 8,9% em relação aos 798 requerimentos efetuados no mesmo período em 2015. Na comparação com janeiro a junho de 2014, o número de pedidos de falência subiu 9,7%.
Dos 869 requerimentos de falência efetuados no primeiro semestre de 2016, 451 foram de micro e pequenas empresas, 211 de médias e 207 de grandes.
Na análise mês a mês, o Indicador verificou alta 22,6% de requerimentos de falências em relação ao mesmo mês do ano passado, de 159 em junho de 2015 para 195 em junho de 2016.
Na verificação mensal de junho, as MPEs também ficaram na frente com 110 requerimentos, seguidas pelas grandes empresas, com 48, e as médias com 37.