As vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo devem registrar leve queda de 0,3% em dezembro em relação ao mesmo período de 2015, e o faturamento real deve atingir R$ 59,1 bilhões no mês.
Em nota, a FecomercioSP indica que não há elementos que sustentem uma previsão otimista para o movimento varejista em dezembro de 2016. A persistência do quadro de retração da renda e elevada taxa de desemprego, aliadas as altas taxas de juro e dificuldade de acesso ao crédito, devem desestimular as vendas no Natal.
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Das nove atividades que englobam a pesquisa, as quedas mais expressivas comparadas a dezembro de 2015 devem ser observadas em eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-19,3%) e lojas de móveis e decoração (-11,1%). Os segmentos que deverão registrar os melhores desempenhos no mês do Natal são farmácias e perfumarias (9,2%) e autopeças e acessórios (7,7%).
Para a assessoria econômica da Entidade, o elemento mais importante para sustentação da expansão sazonal que ocorre em dezembro em comparação aos demais meses é o ingresso do 13º salário que, em 2016, tende a ser inferior em 2,8% ao volume pago em 2015, em termos reais, já descontada a inflação.
Comércio Eletrônico
O comércio eletrônico paulista registrou faturamento real de R$ 3,4 bilhões no terceiro trimestre do ano, queda de 6,6% em relação ao mesmo período de 2015. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE), e revelaram uma redução da participação do comércio eletrônico sobre o total das vendas do comércio varejista paulista. No primeiro trimestre a representatividade do comércio eletrônico era de 2,7%, passando para 2,6% no segundo e, finalmente, 2,4% no terceiro. O ticket médio das transações passou de R$ 389,29 no primeiro trimestre do ano para R$ 387,04 no segundo e R$ 373,60 no terceiro.
Para a FecomercioSP, esses resultados evidenciam os efeitos negativos do aumento no nível de desemprego, de juros elevados e das altas nos preços de produtos e serviços básicos, sobre a renda das famílias e consequentemente sobre o consumo. No último trimestre, por causa da Black Friday e do 13º, o faturamento do segmento pode aumentar.