Março é o mês das mulheres. Mas elas não querem só receber flores e elogios. O Dia Internacional das Mulheres, comemorado ontem (08 de março), é uma data que marca a luta delas. Representa a vontade de um mundo mais igualitário para todas (e todos, também).
Uma das grandes reivindicações das mulheres diz respeito à paridade de gênero nas empresas. Trabalhar igual ou mais do que homens ganhando menos infelizmente é uma realidade, bem como ocupar menos cargos de liderança nas empresas.
O relatório International Business Report (IBR) – Women in Business, realizado pela Grant Thornton em 36 países, retrata bem como as coisas funcionam. Segundo a pesquisa, o número de mulheres em cargos de liderança no Brasil obteve um leve aumento em relação a 2015: 53% das empresas no país ainda não têm mulheres em cargos de liderança, contra 57% no ano passado.
A presença de mulheres em cargos de CEO aumentou de 5% para 11% em relação ao ano anterior. O número de empresas com mulheres no comando financeiro (CFO) também registrou o mesmo salto, de 5% para 11%. “Observamos que mesmo nessas áreas a presença das executivas líderes ainda não é tão significativa”, pontua Madeleine Blankenstein, sócia da Grant Thornton Brasil.
No mundo, no entanto, o número não apresentou nenhum avanço: em 2015 apenas 33% das companhias diziam não contar com mulheres em postos mais elevados e estratégicos. E essa porcentagem se manteve em 2016, ou seja, nenhum avanço nesta questão.
“Não identifico uma mudança substancial de cultura, mas o que está acontecendo é que as mulheres, de alguns anos para cá, passaram a disputar com os homens em pé de igualdade. Ou seja, se preparam mais, academicamente, e atingem níveis de excelência que as permite assumir cargos de gerência e figurar na alta administração as empresas. Acredito que o importante é alçarmos a neutralidade de gênero no campo do trabalho, pois a pesquisa revela que homens e mulheres têm opiniões parecidas sobre o que é liderar bem”, finaliza.