As micro e pequenas empresas não querem nem saber de tomar crédito agora – é o que mostrou levantamento divulgado hoje (17) do SPC e da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas). Segundo a pesquisa, apenas 6,6% dos empreendedores pretendem contratar crédito nos próximos três meses – a menor proporção desde o início da série histórica, em maio de 2015.
O motivo é o mesmo de muitos indicadores que estão em queda: forte crise econômica e a instabilidade política que assola o País. Além disso, a confiança em queda provoca tensão entre os empreendedores na hora de tomar decisão e eles acabam optando pela cautela.
O Indicador de Demanda por Crédito MPE registrou 11,98 pontos – índice extretamente baixo, uma vez que ele varia de zero a 100 pontos. ?Um terço daqueles que não pretendem contratar crédito alega que não pensam em realizar investimentos que exijam recursos de terceiros. A maior parte, porém, rejeita tomar recursos emprestados porque consegue manter o negócio com recursos próprios”, comentou, em nota, a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
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Dos poucos que disseram ter a intenção de tomar crédito nos próximos três meses, a modalidade mais citada é o microcrédito, mencionada por 35,8%, e as principais finalidades do crédito a ser contratado são o capital de giro (35,8%), a reforma da empresa (20,8%) e compra de equipamentos (17%).
Segundo 40,1% dos entrevistados está difícil conseguir empréstimos e financiamentos. Entre esses, a burocracia é a principal causa da dificuldade, mencionada por 44,2%. A questão dos juros altos é apontada por 33,6% como empecilho na hora de contratar crédito.
?A combinação de juros e burocracia constitui um importante entrave ao crescimento econômico, retirando do empresário o incentivo a investir e ampliar seu negócio?, diz Kawauti.
?Os juros, em particular, tornam os investimentos financeiros relativamente mais vantajosos do que os investimentos produtivos, de modo que, para o empresário, pode ser mais rentável fazer uma aplicação financeira do que investir na expansão do negócio ou criação de um novo bem e serviço?, conclui.
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