O Mercado Pago, banco digital do Grupo Mercado Livre, lançou recentemente a Mari, uma assistente virtual desenvolvida com Inteligência Artificial (IA). Mari é a figura central nas comemorações dos 30 anos do Plano Real e representa uma brasileira de 30 anos, moderna e digital. Através de uma experiência de realidade aumentada, ela narra a evolução digital do dinheiro no Brasil, destacando a importância do Real para a economia e o setor financeiro, até a chegada do Pix e do Open Finance.
“O Mercado Pago vem acompanhando a transformação do mercado financeiro, e por isso escolhemos celebrar os 30 anos do Plano Real, que ajudou a criar caminhos para modernizar e apoiar a relação do brasileiro com o dinheiro”, explica Ignacio Estivariz, vice-presidente de Banco Digital do Mercado Pago no Brasil.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), encomendada pelo Mercado Pago para marcar a data, revelou que 77% dos brasileiros acreditam ter maior acesso a produtos financeiros após a introdução do Plano Real. No entanto, o estudo também mostra que 63% dos entrevistados não aplicam seu dinheiro, e 1 em cada 3 não investe por falta de conhecimento.
“O estudo revela que há um grande espaço para buscarmos formas de levar aos brasileiros mais informações sobre produtos e serviços financeiros”, complementa o executivo. “Temos trabalhado de maneira contínua para informar e democratizar o acesso aos serviços financeiros, e a Mari foi criada para ajudar nossos usuários nessa jornada”.
CDB que rende até 130% do CDI
Além da experiência da Mari, o Mercado Pago também lança um CDB comemorativo ao Real que rende até 130% do CDI para quem investir pela primeira vez. O produto estará disponível no app do Mercado Pago entre os dias 15 e 31 de julho, tendo a duração de 3 meses.
“Ao final da jornada, após termos identificado que 1 a cada 3 brasileiros não investe por falta de conhecimento e informações, os usuários terão acesso a um CDB comemorativo, com rendimento diferenciado para quem investir pela primeira vez. Vemos que o CDB é um dos primeiros produtos buscados por quem deseja começar a aplicar seu dinheiro”, ressalta Estivariz.
30 anos do Plano Real
No lançamento da Mari, foram apresentadas ainda as mudanças que aconteceram desde o surgimento do Real até a chegada do Drex. Dados do levantamento do IBPAD mostram que, nos últimos 30 anos, 77% dos brasileiros afirmam que tiveram mais acesso a produtos financeiros. Nesse período, as classes C (37,7%) e D (36%) não souberam dizer se tiveram mais acesso a produtos financeiros neste período, enquanto as classes A (37,9%) e B (38%) em sua maioria afirmaram concordar parcialmente. Além disso, o estudo mostra que 47% da classe A concorda parcialmente que o Plano Real melhorou seu poder de compra.
Ao mesmo tempo, o levantamento expõe que 34% dos brasileiros não se sentem devidamente incluídos financeiramente. Entre os que se sentem excluídos financeiramente, 29% dizem ter cartão de débito, mas não têm acesso a crédito. Outros 24% relataram ter acesso ao crédito, mas o limite é inferior ao necessário. Enquanto isso, 24% pontuam não conseguir fazer investimentos.
Vale pontuar ainda que, nos últimos anos, os bancos digitais têm estado mais presentes na vida financeira dos brasileiros. Segundo a pesquisa, 78% dos entrevistados possuem contas nessas instituições, sendo que 33% deles são das classes D e E. Além disso, o Pix foi um dos principais motivadores para que a abertura de conta em um banco (32%). Outros 35% tiveram sua primeira conta para receber salário ou bolsas, enquanto 22% fizeram essa escolha motivados pela vontade de começar a guardar dinheiro para suas metas.
Quem investe no Brasil?
Quanto aos investimentos financeiros, segundo o levantamento, os homens (58%) são os que mais investem. Já sobre a faixa etária, o maior número de investidores está entre aqueles que têm entre 30 e 39 anos (20%), seguidos pelos que estão entre 18 e 24, e 30 e 39, ambos com 18%. No recorte por classes sociais, 42% dos integrantes da classe C disseram fazer investimentos financeiros. A segunda colocação ficou para a classe B (36%), seguida pelos integrantes da DE (16%) e, por último, a A (6%).
Quanto aos que não fazem investimentos financeiros, a maior justificativa é não sobrar dinheiro para investir (54%). Outros 21% afirmam que ainda estão em fase de planejamento para começar, enquanto 15% não sabem por onde começar e 12% acham difícil ou complicado.
Ainda de acordo com o estudo, mais da metade dos brasileiros (69%) deixariam seu dinheiro na conta se tivessem conhecimento sobre um sistema que rende, enquanto 31% não acreditam que a conta realmente rende conforme promete.
Do Real ao Drex
O sistema monetário brasileiro passou por uma série de transformações significativas ao longo das últimas décadas. Desde a chegada do Real, em 1994, que estabilizou uma economia marcada por longos períodos de hiperinflação, o Brasil experimentou mudanças importantes em sua moeda. O Real trouxe consigo uma nova era de estabilidade e previsibilidade, facilitando o planejamento econômico e a confiança do consumidor. Agora, o país se prepara para uma nova mudança monetária com a introdução do Drex, uma moeda digital que promete modernizar o sistema financeiro, com maior segurança, eficiência e inclusão financeira.
Diante disso, para 50,5% dos brasileiros, em 10 anos o papel-moeda vai acabar, enquanto 36,5% acreditam que uma moeda digital única pode ser benéfica para o país. Ao mesmo tempo, 46% da população diz não saber se fará a mudança para o Drex tão rapidamente. Ao mesmo tempo, 39% não conseguem prever se as criptomoedas são mesmo substituir o dinheiro em espécie como unidade de troca.
*Foto: Mercado Pago.