O Martins, maior grupo atacadista do País, reduziu sua projeção de crescimento de 7% para zero neste ano. O resultado anterior já era aproximadamente metade do ritmo de expansão que a empresa vinha tendo no passado recente e reflete o desaquecimento das vendas do pequeno e médio varejo, principais clientes da empresa.
Segundo o jornal Valor Econômico, entre janeiro e agosto as vendas da empresa caíram 2,5% na comparação anual, com destaque para os bens duráveis, cujas vendas recuaram 18%. Em 2014, o crescimento foi de 8%, para R$ 4,75 bilhões, em virtude de um segundo semestre muito ruim, na ressaca da Copa do Mundo e das eleições. De acordo com o presidente do Martins, Walter Faria, as vendas de materiais de construção ainda crescem (porque as famílias optam por reformar suas residências em vez de trocar de imóvel) e no Centro-Oeste o desempenho continua positivo (pela economia local, puxada pelo agronegócio).
Para Walter Faria, esse cenário negativo deverá perdurar pelo menos durante todo o ano de 2016. Para aquecer as vendas, a empresa tem buscado parcerias com clientes e fornecedores para realizar ações promocionais e desenvolvimento de produtos mais adequados à demanda do momento (em embalagens menores, por exemplo).
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