É fato que a pandemia ocasionou um novo comportamento de consumo. Mudanças de hábitos e padrões que vinham se desenhando lentamente com a revolução digital tiveram uma forte aceleração trazendo a urgência por soluções e serviços que atendam a uma nova jornada de consumo.
Vivemos a complexidade de um consumidor múltiplo que gera uma infinidade de dados, que quer exclusividade, praticidade e que deseja muito mais do que um produto, quer uma conexão real com as marcas.
Nesse novo ritmo de transformação com um consumidor mais exigente, o conceito Martech que já existia, ganhou mais relevância para o mercado, por ser a soma das estratégias de marketing com a tecnologia. Ferramentas de CRM, Mkt Digital, Business Intelligence, Branded Content, e todas que têm na sua essência os dados, hoje são fundamentais para o start de qualquer estratégia na nova jornada de consumo.
Segundo dados do estudo Inside Martech Report, do Distrito Dataminer, em 2020, cerca de US$ 200 milhões foram investidos em startups do setor em 30 rodadas. Atualmente são 727 martechs no País, sendo que a grande maioria está em São Paulo (48,97%), estado seguido por Minas Gerais (11,83%) e Santa Catarina (8,53%).
Podcast: Ouça conversa sobre a importância das martechs para o marketing atualmente
Dados e tecnologia
Mas qual é essa relevância das martechs para Customer Experience? As martechs tem na sua essência a tecnologia, e através de diferentes ferramentas elas identificam padrões, antecipam tendências e ajudam a criar novas ações a partir da soma e análise de dados. Quando usamos os dados para tomar decisões, elas são mais assertivas e, além disso, o relacionamento com os clientes aumenta, já que estamos entregando o que ele quer consumir.
E é com esse mindset que as marcas junto com as martechs passam a visar a proximidade com os consumidores nas diversas fases da jornada, aprimorando e afinando seus pontos de contato que variam desde conteúdos direcionados nas redes sociais, newsletter qualificada, atendimento personalizado via WhatsApp, mídia programática com informações baseadas nas suas últimas pesquisas, atendimento exclusivo no offline com todas as informações que vieram do online, surgindo aqui o conceito phygital.
A palavra que faz parte da rotina nas martechs, é uma junção de physical (físico) e digital, que basicamente envolve esses dois universos, o offline e o online, na experiência do consumidor, tornando-a ainda mais especial e atrativa, seja ela vinda do e-commerce ou do atendimento em uma loja física, o que vale é o residual que a experiência irá deixar.
E com tanta digitalização somadas a união dos universos offline e online na jornada do consumidor, o mercado requer profissionais de marketing e tecnologia habilitados para acompanhar essa constante evolução, e por isso que existem as martechs, sendo um hub de conexões para trazer velocidade nas decisões estratégicas das marcas. As martechs auxiliam as equipes de marketing a entender e conhecer melhor as experiências digitais, dando orientações para as empresas aprimorem seus produtos, serviços, soluções, atendimento ao cliente, infraestrutura local, interface das plataformas digitais, dentre outros.
E o futuro?
A tendência das martechs é de crescimento exponencial, pois hoje já está tudo mais natural, mais fluido. Principalmente depois do ingresso da LGPD, o consumidor tende a entender, cada vez mais, que os seus dados são utilizados (quando autorizados) para trazer oportunidade melhores e mais assertivas. As soluções atuais geram insights de forma tão oportuna que o marketing ágil pode incorporá-los em campanhas ativas para promover melhorias maciças de desempenho, em vez de esperar semanas ou meses para ver resultados.
Neste mundo de mídia fragmentada e que necessita da atenção do consumidor, aqueles que tomarem decisões centradas no cliente, somadas a um mindset data driven, ou seja, decisões estratégicas com bases sólidas de dados, terão uma vantagem competitiva real no mercado. E, sem dúvidas, as martechs são vitais para o marketing se comunicar de forma mais assertiva com seus stakeholders e também para acelerar o processo de digitalização e inovação dentro das empresas.
* Fabiana Schaeffer é CCO da Circle Aceleradora de Martechs
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