Enquanto muitas escolas investem na massificação e criam formatos e métodos de ensino que atendam o maior número possível de consumidores, o Centro Britânico acredita na ideia contrária e investe em uma nova estratégia: a personalização.
Em parceria com a Rotterdam Business School, foi realizado uma análise junto a escolas de idiomas no México, Cingapura e China (países com alto índice de educação) para descobrir qual é a tendência desse mercado e o resultado observado foi um retrocesso. De acordo com Bruno Gagliardi, gestor geral do Centro Britânico, o resultado endossou essa nova estratégia adotada pela marca para se diferenciar no mercado brasileiro e aumentar sua competitividade no mercado nacional.
A franquia de idiomas, então, reformulou seu método de ensino com foco na individualização e a nova estratégia está sendo colocada em prática, gradualmente, há um ano, com programas específicos. Para startups, músicos e atletas, por exemplo. “Em outubro faremos um workshop específico para cinco startups no coworking Cubo. O objetivo é ensinar os termos específicos para que os empreendedores saibam apresentar suas criações para estrangeiros”, afirma Gagliardi. “Até o final do ano a ideia é atender 30 startups”, complementa.
Segundo o executivo, para atletas o objetivo é criar experiências que eles viverão no dia a dia. Escolinhas de futebol preparam seus talentos para o esporte e reforçam o uso da língua para que sejam vendidos e se adaptem melhor no exterior. “Se um jogador de futebol vai participar de um campeonato fora do país, por exemplo, nós simulamos a chegada no aeroporto e todas as situações que ele pode enfrentar durante a viagem”, comenta Gagliardi. “Criamos ambientes de aprendizado e simulamos situações reais que aumentam a confiança do aluno com seus objetivos”, explica Gagliardi.
Embora tenham sido criados poucos cursos de nicho, a personalização ocorre em todos os níveis, de acordo com cada aluno. Sejam advogados, engenheiros, artistas, médicos e outros. De acordo com o executivo, cada aula é desenvolvida conforme a necessidade e perfil de cada aluno. E essa personalização proporciona um aumento da lucratividade dos franqueados. “Por se tratar de um serviço diferenciado, é possível aumentar o tíquete médio. Além disso, a retenção de alunos tem aumentado consideravelmente com essa nova metodologia”, relata o executivo.
De acordo com Gagliardi, em três anos, serão investidos R$ 5 milhões na reformulação do método. A rede, que possui 28 franquias em operação, tem planos de expansão para este ano ainda. “Serão 3 novas unidades e a intenção é expandir primeiro no interior e Grande São Paulo, além do Rio de janeiro, mas nossos planos contemplam abrir novas praças, como Brasília e Rio Grande do Sul”, finaliza Gagliardi. Atualmente, a escola está presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Minhas Gerais e Paraná. O faturamento médio da franquia é de R$70.000.