É possível traçar um paralelo entre abrir uma empresa e ter um filho? O empresário, ou pai, precisa dedicar horas de atenção, carinho e esforço para que ele cresça de forma saudável no futuro. Porém, e os empreendedores que se tornam pais e precisam dividir a atenção do seu negócio com a chegada de seus herdeiros? A dedicação dupla pode parecer cansativa no início, mas a paternidade traz uma série de benefícios para aqueles que ocupam posições de lideranças nas empresas. Cinco empresários contam as lições que aprenderam após o nascimento de seus filhos:
1 – Senso de responsabilidade
Ser pai significa obrigatoriamente ser mais responsável – o que faz empreendedores terem outros olhos nas decisões a serem tomadas. “De alguma forma, quando alguém depende de você, sua dedicação profissional é ampliada. O relacionamento com os funcionários torna-se mais afetuoso, uma vez que seu filho estará naquela posição no futuro e, a atenção ao trabalho com os clientes também é aprimorada”, explica Victor Popper, head da All iN Marketing Cloud, pai da Bianca e do Rafael.
2 – Foco e produtividade
O desejo de passar mais tempo com o filho faz com que os profissionais deem ainda mais atenção às suas agendas para darem conta do trabalho dentro do horário já estipulado, sem comprometer horas a mais. “A paternidade traz mais foco ao trabalho. Quando se tem um filho, todo pai quer ficar o maior tempo possível próximo dele. Quando estou trabalhando, me mantenho o tempo todo focado para não deixar de ser produtivo e poder passar mais tempo em casa com ele”, conta Luis Carlos dos Anjos, gerente de marketing institucional da Locaweb, e pai do Marcelo.
3 – Exemplo a ser seguido
Qual pai não deseja ser herói para o seu filho? A chegada de um bebê faz com que os trabalhadores analisem seu comportamento e tomem medidas nas relações interpessoais. “Antes de pedir ou delegar algo, devo ser o exemplo. A melhor forma de liderar é por meio de bons exemplos. Jamais posso cobrar algo que não consigo fazer ou não sei o esforço necessário para realizar”, comenta Thiago Mazeto, gerente de marketing da Tray, e pai da Isabelli.
4 – Empatia com as pessoas
Ser pai é se colocar no lugar do filho para saber o que ele precisa. “Talvez tenha sido a característica que eu mais aprendi. É algo natural pensar no impacto das minhas ações na vida dos meus pequenos e hoje penso muito nisso ao tomar minhas decisões. Tenho em mente que em breve terei de deixá-los decidir por si próprios, assim como é o processo normal em uma empresa ao delegar as decisões para o time”, relembra Eduardo Kupper, COO da F(x) e pai dos gêmeos Arthur e Laura.
5 – Cuidado e atenção
Um bebê faz o pai ser mais carinhoso e, consequentemente, ter mais cuidado com suas ações no futuro. “No dia a dia da empresa, é necessário pensar e refletir bastante antes de cada decisão. Da mesma forma que um filho, ter uma empresa exige semear e cuidar para que o sucesso se torne realidade”, explica Walter Sabini Júnior, sócio-fundador da FX Retail Analytics, sócio-fundador da Hi Partners Capital & Work e pai do Enzo e da Stella.