Tendo em vista a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a Via Varejo lançou um portal para que seus clientes confiram todas as informações que as empresas do grupo detêm acerca deles. Com a iniciativa, as pessoas já podem entender de que forma os dados são usados pela companhia, solicitar correções ou até que as informações sejam deletadas.
Batizada de “Portal de Privacidade Via Varejo”, a plataforma contempla informação sobre dados armazenados pelas Casas Bahia, pelo Ponto Frio e pelo site de e-commerce Extra.com, do qual é administradora. A marca de móveis Bartira, a carteira digital Banqi e a empresa de entregas Asaplog também fazer parte da iniciativa que anda lado a lado com a LGPD.
Sandra Gebara, diretora jurídica, de gestão de riscos e compliance, DPO e relações governamentais da Via Varejo, conta que o projeto do portal começou quando a lei foi editada, em 2018. “Começamos a nos precaver e montamos grupos interdisciplinares dentro da empresa, inclusive com o envolvimento das lideranças. Trouxemos gente do RH, do escritório de privacidade, de controles. Tudo para pensar em como nos adequar.”
A executiva ainda enfatiza a relevância do portal para a confiança do cliente em um momento de preocupação com vazamento de dados.
“Diante do cenário de digitalização, é algo fundamental, que traz ainda mais credibilidade para a empresa. Com este trabalho, o cliente passa a confiar ainda mais, pois sabe que seus dados estão guardados e como eles são controlados. Ele sabe que tem um responsável e a certeza de que a empresa, que sempre preservou adequadamente aquelas informações, agora reforça com mais esse serviço.”
O acesso à plataforma pode ser feito por meio dos sites e apps das marcas. Com poucos dias após o lançamento, o portal de transparência da Via Varejo já registrou mais de 2 mil acessos. Os principais motivos para isso foram pedidos de correção de informações e dúvidas sobre a LGPD.
Como funciona
Na plataforma da Via Varejo, o cliente pode fazer a requisição de seu direito por meio de um formulário, tendo também acesso à central de atendimento para dúvidas. No documento, o cliente indica o tipo de requisição (solicitação de informação, eliminação de dados, atualização e correção ou revogação de consentimento) e envia junto uma cópia de documento de identificação com foto. Após o envio, há uma confirmação por e-mail, com um número de protocolo de atendimento e um link de acompanhamento da solicitação.
O prazo para processamento da requisição é de até 15 dias.
LGPD
Pela LGPD, os consumidores têm direito ao controle sobre seus dados pessoais para preservar sua liberdade, intimidade e privacidade. A lei permite que cidadãos solicitem a qualquer momento as informações sobre a confirmação da existência de seus dados, acesso, correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados – bem como a exclusão de qualquer dado quando permitido pela legislação aplicável.
Os dados pessoais que as empresas detêm podem ser qualquer informação que permita a identificação do cliente, como nome, endereço, CPF ou até mesmo dados de navegação.
+ Notícias
Em vigor? Em que pé está a LGPD
Felipe Neto, e-book e LGPD: a relação deles com o chamado bem virtual