“Esse é o público do futuro e não podemos deixar de levá-lo em consideração”, acredita Ricardo Buckup, CEO da B2, uma empresa que compreende muito bem os jovens das gerações Y e Z. Foi com essa frase que ele iniciou a apresentação do Radar Digital, um estudo que buscou compreender o comportamento digital do consumidor além de apontar, para as marcas, quais estratégias são eficazes e quais não são.
Como ele explica, o Radar Jovem é um projeto que nasceu em 2012 e, desde então, vem trazendo insights sobre a juventude. Neste ano, porém, adiciona curiosidades para empresas – ou seja, permite que ela se preparem mais para atender esse público.
Com isso em mente, a empresa conversou com 60 grandes empresas, 2600 jovens e, em seguida, em uma etapa qualitativa, convidou 90 jovens para experimentar momentos do dia-a-dia sem o uso do smartphone. Nesse momento, 37% dos participantes realizaram compras, 21% experimentaram atividades de lazer, 11% se alimentaram sem utilizar o celular; 7% fizeram exercícios físicos e 6% dirigiram ou trabalharam.
Após a experiência, 55% dos participantes tiveram sentimentos negativos, como ansiedade, desconforto, angústia. Apenas 18% acharam a experiência diferente, mas não negativa, enquanto 27% teve uma boa sensação de liberdade sem o smartphone.
Porém, o mais curioso é que, entre aqueles que fizeram compras ou dirigiram sem o gadget sentiram falta principalmente das ferramentas facilitadoras – a lista de compras digital ou o aplicativo Waze, no caso.
E as empresas?
Quando o tema é o comportamento das empresas, fica claro que aquilo que o consumidor espera não está sendo realizado. Prova disso é que, entre os maiores 30 anunciantes (off-line e on-line) do Brasil em 2015 não estão entre as marcas mais lembradas pelos entrevistados.
Na avaliação por segmento, o resultado foi semelhante. O setor de Personal Care, por exemplo, que é o que mais investe em comunicação, ficou em sétimo lugar entre os setores mais lembrados pelos jovens.